𝑬𝑷𝑰𝑳𝑶𝑮𝑶

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um ano e meio depois

Eu e Victor ainda não estamos morando juntos. Eu continuei na minha cidade e ele em BH por conta de nossos trabalhos, mas a data de nosso casamento já esta marcada para daqui dois meses e assim, finalmente, mudaremos essa situação. Decidimos não perder mais tempo. Nosso amor não merecia isso. Era a hora.
A casa de Antônio logo passaria a ser nossa, então estávamos aproveitando os fins de semana para reforma-la deixando ela mais com a nossa cara. Mas claro, sem perder as memórias que Antônio construiu aqui. Hoje era um dia de domingo normal como os outros. Victor estava pintando o quarto que usaríamos como seu escritório e eu aqui fora ajeitando toda a bagunça que fizemos mais cedo na tentativa de criar uma roseira.
Eu estava conversando com Carol pelo celular quando escutei a voz de Victor.
Victor: amor, vem aqui! — gritou lá de dentro.
Fui a seu encontro. Quando entrei, encontrei Victor sentado no chão perto de algumas gavetas desmontadas.
Babi: ei, sabia que Bruno está noivo? — falei com um sorriso sincero nos lábios feliz pela notícia que havia acabado de receber. Mas ele nem sequer olhou em minha direção, estava vidrado em um papel entre seus dedos.
Victor: é de Antônio... — ele disse olhando em meus olhos, uma expressão confusa — para nós dois. Tem nossos nomes nela.
Me ajoelhei no meio daquela bagunça toda e o acompanhei abrindo o que parecia ser uma carta. Nela, a letra inconfundível de Antônio me fez respirar fundo com o aperto no peito que senti. Depois de algum tempo, a dor em perde-lo começou a dar espaço à saudade incompreensível que ele nos deixou.

 Depois de algum tempo, a dor em perde-lo começou a dar espaço à saudade incompreensível que ele nos deixou

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Quando terminamos de ler a carta, olhei para Victor que assim como eu estava com os olhos molhados. Ele pensou em tudo. Antônio antes de morrer, pensou em exatamente tudo para nos fazer perceber nosso erro. Ele sempre acreditou em nós, mesmo quando tudo pareceu perder o sentido, ele sabia de tudo que passaríamos e por fim dedicou seus últimos dias em uma missão incontestável de nos unir novamente.
Fechei meus olhos deixando a última lágrima quente rolar pela minha bochecha, sendo barrada pelos dedos de Victor.
Victor: eu te amo — disse segurando meu rosto em suas mãos com um sorriso genuíno em seus lábios, me trazendo para encontrar sua boca — nunca mais deixarei você sair da minha vida. No primeiro dia que meus olhos encontraram os seus, naquela fila do mercado com sua calça e casaco de moletom, segurando apenas uma sacola impaciente e ao mesmo tempo distraída, eu senti que era você. Hoje, depois de quase 7 anos desde aquele dia, entre idas e vindas, você continua sendo a dona do meu mundo. Nada, em todos esses anos, foi apenas uma coincidência, tudo sempre foi... destino.

(ei, gostou da história? Me conta o que achou, é super importante pra mim. E ah, tenho outras histórias como essa em meu perfil, espero que goste)
Ps.: nunca deixei de acreditar no amor, por mais impossível que pareça ser, ouça sempre a voz do seu coração.

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