Capítulo 20

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[Victor Augusto]

Diante de tudo aquilo que ela havia me contado, eu estava sentindo uma imensa vontade de abraça-la e a proteger de tudo e todos. Barbara podia parecer uma pessoa forte por fora, mas era frágil. Parecia que estava guardando toda essa angústia a meses, sem poder desabafar com alguém.
Babi: porque você ta sempre na minha mente, Victor? — ela disse me olhando nos olhos, com o rosto ainda com lágrimas. Ela estava sendo sincera, então também resolvi ser com ela.
Victor: se te conforta, você também nunca saiu da minha.
Assim que falei, seu olhos encontraram os meus novamente, eu não iria conseguir estar tão perto do seu rosto de novo e não beija-la. No impulso, segurei seu rosto com minhas duas mãos e o trouxe para mais perto selando nossos lábios. No início ela pareceu não concordar. Era errado, ela ainda estava comprometida, mas eu sabia que tanto eu quanto ela precisávamos desse beijo, desse toque.
Ela abriu passagem para minha língua, dando início a um beijo com desejo, as minhas mãos do seu rosto ainda molhado das lágrimas, desceram para sua cintura. Apertei conforme o beijo foi ganhando intensidade, nossas bocas se moviam em sincronismo, ela me beijava com urgência, suas mãos em minha nuca puxavam meu cabelo de leve. Já estávamos perdendo o ar, quando ela se afastou.
Victor: merda — fechei meus olhos me repreendendo — desculpa, e-eu não sei porque fiz isso, eu... — falei visivelmente preocupado com sua reação.

Ela parecia ainda não acreditar no que havia acabado de acontecer.
Babi: você pode me dar uma cadona até em casa? — ela disse com a cabeça baixa.
Merda, ela estava mal. E agora parecia ainda pior.
Victor: posso — respondi prontamente — claro que posso.
Peguei as chaves no meu bolso, deixei que ela fosse na frente e avisei meus pais que iria pegar algo em casa. Menti, não queria que eles soubessem com quem eu estava.
Logo a encontrei no estacionamento. Estava quieta, entrou no carro e permaneceu sem falar até sairmos do local.
Babi: eu gostei — ela disse depois de minutos calada. Olhei rápido para o seu rosto, havia um sorriso de canto se formando em seus lábios avermelhados.
Victor: eu não devia ter fei... — fui interrompido.
Babi: por que?sua pergunta não fazia sentido. Tanto eu quanto ela sabíamos das consequências disso.
Victor: você ainda está com elefalei, ainda sem conseguir encara-la.
Babi: não foi erradoinsistiu.
Victor: você sabe que foi.
Babi: não foidisse — terminei com Bruno antes de vir pra festa, Victor.

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