Capítulo 92

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Deixe a estrelinha ⭐

As luzes voltam e de repente com um zumbido alto, abruptamente despertando todos nós na manhã seguinte

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As luzes voltam e de repente com um zumbido alto, abruptamente despertando todos nós na manhã seguinte. Minhas costas estão doloridas por causa do chão duro.

- Que horas são? - pergunto, esticando-me.

Josh geme, e posso dizer que suas costas estão tão doloridas quanto a minha. Ele pega o telefone.

- Não sei - diz. - Está descarregado.

- Estou com fome - diz Ben.

- Eu também - dizemos eu e Josh ao mesmo tempo. Olhamos um para o outro e sorrimos. Embora o sistema de aquecimento ainda não esteja funcionando, sinto-me aquecida sob o seu olhar. Lembro-me da noite anterior e fico um pouco constrangida com o que disse. O que há na escuridão que leva uma pessoa a revelar tanto? Mas, então, lembro-me da sua mão no meu rosto. Suas palavras. Sinto um friozinho na barriga.

- Vou dar uma olhada na sal dos fundos - Diogo. - Ver se termos uns donuts.

- Ok - Diz Josh, plugando o carregador a uma tomada na parede. - Vou até o carro, ver se os tratores já passaram limpando a neve.

Enquanto ele segue seu caminho e Ben come os muffins amanhecidos que encontrei, desmonto nosso acampamento, dobrando os cobertores e colocando todos os livros nos seus devidos lugares nas prateleiras.

Quando chego ao A Teia de Charlotte, seguro-o por mais um segundo, como se pudesse sentir a marca da mão de Josh, ainda ouvindo suas palavras nos meus ouvidos.

E então ele volta. A porta faz um ruído metálico e ergo os olhos.

- Você devia ver alguns dos montes de neve lá fora - diz, respirando com dificuldade. - Levei um tempão para conseguir passar por eles.

- Como está seu carro? - pergunto, envergonhada de perceber que, no íntimo, espero que esteja preso, que os tratores não tenham feito nada. Só quero tê-lo para mim, na utopia desta biblioteca, um pouco mais.

- Quase coberto, mas os tratores estão perto. Uma rua para cima - diz.

Assinto.

- Que bom! - digo, tentando esconder minha decepção.

Ele pega um muffin na caixa sobre o balcão, e finjo estar ocupada com os computadores, certificando-me de que todos estão ligando e inicializando corretamente.

- Ei - diz ele depois de engolir um muffin e voltar para pegar o segundo. - O que vai fazer no ano-novo?

Levanto os olhos.

- Nada - digo, piscando.

- Quer passar com a gente? Joalin disse que haverá queima de fogos na ponte do centro da cidade. Poderíamos achar um lugar para vê-la.

Abro a boca para dizer algo sobre a multidão, mas ele me interrompe:

- Longe da multidão.

Nunca me chamaram para sair, e me pergunto se isso é um encontro. A primeira vez. Mesmo com uma criança de dez anos junto. Mordo o lábio para impedir que meu sorriso fique muito largo.

- Sim - digo, meus lábios se estendendo o máximo possível no meu rosto, de qualquer maneira. Abaixo a cabeça. - Sim. Parece uma boa ideia.

Dois dias depois, Sabrina chega à minha casa com os braços cheios de roupas as em sacos plásticos de lavagem a seco.

- Ah, meu Deus - diz quando a deixo entrar. - Você está horrível.

- Estou doente - digo, limpando o nariz vermelho escorrendo com lenço de papel pelo que parece ser a centésima vez nesse dia.

- Você não pode estar doente. É véspera de Ano-novo! Você tem um encontro.

No mesmo instante me arrependo de ter ligado para Sabina e lhe contado que Josh havia me chamado para sair depois que foi embora da biblioteca naquela manhã. Ela imediatamente começou a falar sobre o que eu ia usar e que faria a minha maquiagem, e tudo começou a parecer um exagero. E deixou bem claro com essas palavras: "Se ele não pode te comer, que ele te coma com os olhos", sim ela falou isso, e como esperado fiquei igual a um pimentão vermelho.

Mas fico pensando. Talvez para Josh, isso nem seja um encontro.

-Não vou - digo, com minha cabeça latejando. - Estou gripada ou com o pior resfriado ou algo assim.

- Claro que vai. Tome um analgésico.

- Remédio é sua resposta para tudo?

Ela finge pensar no que eu disse e depois faz que sim com a cabeça.

- Para a maioria das coisas.

- Bem, já tomei um remédio e ainda estou assim - digo. - Só preciso dormir.

Ela faz beicinho.

- Ótimo! Acabe com a minha graça. Vou deixar esse vestido incrível aqui, porque é o que eu ia fazê-la usar de qualquer maneira. - Ela tira uma roupa da embalagem de plástico transparente e fica segurando um mine vestido com milhares de pedras na parte de cima e na parte da mini saia tufos de pelos na barra.

- Parece um tapete. Com pedras.

- Não parece! É super sexy. Confie em mim.

- Cadê a calça, eu não vou vestir um vestido curto assim.

Ela ergue a cabeça em minha direção.

- É um vestido curto mais nesse seu corpinho vai ficar muito sexy e aposto que o Josh vai amar - ela me olha com uma cara safada.

Eu rio, ainda que isso faça minha cabeça doer mais.

- Eu não vou usar esse vestido, não tem nada haver comigo.

- Tanto faz - diz ela, jogando-o no sofá. - Tenho que ir buscar as crianças no bailey antes que a última caça dele, opa! Quer dizer, namorada, chegue lá. - É faz um pequeno gesto com a mão de adeus. - Melhoras - diz. - E use o vestido. - Ela aponta para o vestido acomodado no encosto do sofá para frisar a ideia. - Te amo. - Em seguida, vira-se para ir embora.

- Também te amo, e não vou usar esse vestido. - digo, mas ela já fechou a porta, e não sei se me ouviu.

Limpo o nariz novamente e me jogo no sofá. Parece que minha cabeça vai explodir. Preciso ligar para Josh e cancelar, mas estou exausta e só quero dormir. Além disso, raciocíno, talvez eu me sinta melhor depois de um cochilo e me empolgue para ir. Estico-me, deito a cabeça em uma almofada e fecho os olhos.

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Como seis tão meus amores?
Espero que vocês tenham gostado do capítulo 💙

Beijinhos e indique a fic para os amigos!
Amo vocês 💙

Perto o Bastante para Tocar |Beauany |CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora