Capítulo 11

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De volta pra casa , encho a terceira xícara de café e me sento na mesa da cozinha no mesmo lugar onde Ben tentou pôr fogo na caixa de cereal. Estou exausto apesar de não ser nem 8h30, esfrego no maxilar com a mão, na direção contrária da barba, já sentindo os pelos saindo dos poros. Minha barba rala, de um dia para o outro, já pode ser notada e eu ainda tenho que encontrar um aparelho de barbear que resolva isso, por mais "moderna" que a tecnologia dos aparelhos afirme ser. O meu trabalho só começa na semana que vem, mas quase quero ir ao escritório, para pelo menos poder me sentir competente em alguma coisa.

Com base nós eventos da manhã, ser pai não vai ser  essa coisa hoje

E uma vez que as coisas nesse sentido não podem piorar, pego meu telefone e escrevo uma mensagem para Emma. Ela não responde há mais de quatro meses, o que não me impede de tentar.

Whatsapp 💬

Aquela palavra que começa com "M" escapou sem querer, chocando o novo diretor do Ben e uma guarda de trânsito com cara de vovó. Achei que isso poderia te fazer rir. Te amo, boneca. Papai

Sei que não preciso assinar as mensagens. Emma me ensinou isso há dois anos, quando olhou por cima do meu ombro e viu uma mensagem que eu estava enviando e havia terminado com Josh. "Paaaiii", disse ela, daquele novo jeito (você é a pessoa mais idiota do mundo) com que havia começado a esticar o meu nome. "Você sabia que quando a gente envia uma mensagem, o nome do contato aparecem automáticamente? E que todo mundo sabe que foi você que mandou?" Foi também mais ou menos nessa época que ela começou a terminar toda frase com uma cadência ascendente, como se cada afirmação fosse, de alguma forma, também uma pergunta. Logo descobri, ouvindo suas amigas falarem, que essa era a típica linguística das adolescentes, e fiquei imaginando se haviam ganhado, quando foram para o ensino médio, um manual sobre como conversar, vestir-se e tratar os pais com ar de superioridade.

De qualquer forma, eu não sabia sobre a redundância de assinar mensagens e fiquei feliz com a lição - mesmo que tenha sido dada com o toque esnobe.

Ainda assino as mensagens que envio para Emma, porque agora gosto de imaginá-la revirando os olhos por causa da palhaçada do seu pai. Espero que isso faça rir um pouquinho. Talvez eu também goste de fazê-la lembrar que sou eu. Seu pai. Mesmo que eles não queira conversar comigo.

Clico em enviar. E depois encho outra xícara de café (e dps iria tomar só uma xícara por dia né senhor Josh kkkkk 😙)

Amanhã. Amanhã eu começo a diminuir o café.

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Perto o Bastante para Tocar |Beauany |CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora