Capítulo 39

543 70 0
                                    

POV JOSH

Quem inventou essas pequenas cadeiras hospitalares que se transformam em camas portáteis deveria ser executado. Depois de cinco horas deitado em uma delas, os músculos das minhas costas agora se contraem em uma longa sequência de nós, como aquela corda que usávamos para fazer escalas na aula de educação física. Estou impressionado com o fato de que as cadeiras não tiveram uma melhoria significativa nós 14 anos desde a última vez que dormi em uma delas, quando Emma nasceu. Meu coração palpita quando penso no seu rosto amassado e nos gemidos baixinhos que saíam dos seus lábios franzidos. Naquela noite, não consegui dormi, não por causa da cadeira desconfortável, mas com medo de algo acontecer com Emma - e se ela, de repente, parasse de respirar, rolasse para o lado ou, de algum jeito, conseguisse se livrar da faixa que envolvia o seu corpo, passasse por aquela terrível proteção plástica que deveria servir de berço e caísse no chão? Deitado, passei a noite toda em claro, ouvindo cada vez que ela respirava e choramingava, perguntando-me como eu conseguiria descansar novamente algum dia. Agora olho no escuro para o rosto sereno de Ben, como se para me lembrar de que é essa criança que está sob os meus cuidados.

Seu peito sobe e desce enquanto ele dorme, e repasso mentalmente os eventos do dia: dirigir por toda a cidade com a Joalin à procura de Ben, o alívio e o temor que tomaram conta de mim no instante em que recebi a ligação avisando sobre o seu paradeiro no St. Vincent's Hospital depois de sofrer um incidente de quase-afogamento , o médico nos dizendo que ele era um "menino de muita sorte" e que só precisaria passar a noite em observação.

Estou tentando permanecer concentrado nas protuberâncias duras da cadeira enterradas na minha espinha e no meu quadril, no bipe metódico do monitor de frequência cardíaca de Ben, nos passos do zelador no corredor, o vaivém do esfregão deslizando no piso de linóleo, na luz dos postes que atravessava as brechas entre as venezianas de plástico de má qualidade - em tudo, menos no fato de que Ben quase morreu. Que sou um grande fracasso como pai não só de um, mas de dois filhos. Que eu daria qualquer coisa para que Emma falasse comigo de novo - para, quem sabe, neutralizar parte da minha culpa pela situação atual com Ben. Em um momento de esperança, penso se, talvez , ela tentou enviar uma mensagem durante a noite, enquanto eu estava cuidando do Ben. Sento-me e tiro o celular do bolso. A tela anuncia a hora em números brilhantes - 3h14 -, e nada mais.

Meus dedos se contorcem sobre as teclas querendo escrever para ela, mas sei que está muito tarde.

___________________✨✨__________________

Oi meus amores , como vcs estão?!
Espero que tenham gostado do capítulo!

Me Desculpe se tiver algum erro.
Não se esqueçam da 🌟 pois me motiva demais!
E também compartilhe com os fãs de Beauany que amam uma fic assim como a gente 😊
Ahh!! Deixe aqui nos comentários oq está achando ou qualquer dúvida que tiverem!
B

eijinhos amo vocês! ☀️💙🌙✨

Perto o Bastante para Tocar |Beauany |CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora