Capítulo 14 - Por enquanto...

9.5K 566 167
                                    

"Ela o amou, e ele também, intensamente." (O Teorema Katherine – John Green)

Ele me ama. É só nisso que eu consigo pensar.

Há alguns meses atrás, eu nunca me imaginaria aqui nesse lugar. Agora cá estou eu, dando sopa pra o destino, simplesmente apaixonada. Não sei como, mas com ele eu me sinto segura. Como se o seu abraço pudesse me proteger de tudo. Não posso mais voltar atrás.

É sempre assim: A gente se decepciona e promete que nunca vai se apaixonar de novo, aí vem a vida, te dá um tapinha nas costas e diz: "Tente outra vez".

Eu estou tentando.  

– Acho que preciso ir para casa... – eu me remexendo ao seu lado, minha cabeça deitada no seu ombro.

– Mas já? – ele faz beicinho

– Já. – deposito um selinho nos lábios dele.

– Tudo bem... Vamos? – ele aponta para os skates, e eu balanço a cabeça.

Minutos depois, eu estou sorrindo bobamente em cima do skate com os braços abertos para manter o equilíbrio. E o Rafa vem logo atrás de mim, rindo do meu jeito desajeitado.

– Chegamos. – anuncio

– Até o acampamento? – ele se aproximando de mim, nossas testas coladas.

– Até. – digo. E quando vou me aproximar para beijá-lo, ele se esquiva com um sorriso sacana no rosto.

– O quê? – pergunto

Então ele sorri e me puxa pela cintura. Eu apoio os meus pés sobre os dele e me inclino para beijá-lo. E ficamos assim até faltar oxigênio.

+  +  +

– Então ele disse que te ama? Para TU-DO! Sério isso?

– Super sério! Eu fiquei tipo: oh my god!

– Eu também ficaria! Mas você disse que também ama ele?

– Claro, né?

– Ah, bom.

– Nossa, Fê!

– O que foi?

– Você já arrumou a sua mala? Pra o acampamento...

– Já sim, por quê?

– Porque você vai vir aqui me ajudar a arrumar a minha.

– Ir aí? Eu tô com preguiça de sair de casa, Ka!

– Ah, não né?  Você mora em frente a minha casa, peloamor!

– Mas...

– Estou ouvindo um "sim"? Ah, obrigada Fê. I love you. Bye bye!

Desligo o telefone antes que ela responda. Logo depois ouço a campainha tocar.

– Você não acha que é grandinha o suficiente para arrumar sua mala sozinha? – ela diz, sua cabeça encostada na parede e uma cara amassada de quem passou o dia inteiro deitado no sofá.

– Sem reclamações. – puxo-a pelo braço em direção ao meu quarto

Quando ela chega, desaba de bruços na minha cama.

– Nossa, você tá parecendo um zumbi.

– Obrigada.

– De nada.

– É que eu fiquei até tarde da noite jogando com o Gui na internet. – ela esfrega os olhos

– Quando vocês vão crescer?

Páginas da Minha Vida [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora