— ...Senhor, guia Teus filhos nessa reunião e que a Tua vontade seja feita. Em nome de Jesus, amém.
— Amém — Tulip, Samuel e eu dissemos em uníssono, ao fim da oração de Johanna.
— Prontos? — a voz de Nathan preencheu a sala, chamado nossa atenção.
— Está aí há muito tempo? — perguntei vendo-o escorado ao lado da porta.
— Um pouco, mas vocês estavam orando, achei melhor não atrapalhar. — Deu de ombros com um sorriso no canto dos lábios. — Você e o Samuel são o próximo assunto da reunião, vamos?
Concordamos e seguimos Nathan sob as palavras de encorajamento da nossa "torcida".
— Já venho chamar vocês, não entrem em pânico. — Nate piscou dando uma risadinha e sumindo atrás da porta.
— Agora é tarde, o pânico está começando a se espalhar. — Mordi o lábio inferior com nervosismo.
— Vai ficar... — Samuel se interrompeu. — Você já sabe.
Levantei os olhos para o rapaz ao meu lado que encarava a porta a nossa frente.
— Ei — chamei sua atenção, fazendo seus olhos encontrarem os meus —, me desculpa pelo jeito que agi agora há pouco? Estava brava comigo mesma e descontei em você.
— Te desculpo, porém somente se você me perdoar por ter te irritado. — Sorriu me levando a fazer o mesmo.
— Perdoado. — Estendi a mão para um cumprimento formal e ele a apertou rindo do gesto.
— Mas você realmente fica fofa quando está brava — provocou ainda segurando minha mão.
— Eu sei, não sou nada ameaçadora, é um fato comprovado. — Entrei na brincadeira.
— Tem muita doçura e gentileza em você, o que impede que assuste alguém. É aquele tipo de pessoa que procura resolver todos os conflitos através do diálogo, e olha, você tem inteligência de sobra para isso.
— Obrigada, isso foi muito gentil da sua parte. — Ri sem jeito pelos elogios e voltei o olhar para nossas mãos ainda unidas.
— Me desculpe. — Ele soltou minha mão de forma súbita, parecia nem ter notado que estavam juntas.
Ia dizer que estava tudo bem, mas meu irmão abriu a porta antes, nos avisando que já podíamos entrar.
— Então, o que vocês dois tem para nos dizer? — Meu pai perguntou assim que nos sentamos.
Analisei os dez homens que formavam o Conselho nos observando com curiosidade.
"Seja o que o Senhor quiser." — orei em pensamento antes de começar a expor nossas idéias.
— Samuel e eu temos um apreço em comum por história. — Vi pelo canto do olho o rapaz assentir. — E devido a isso, acabamos por conhecer mais a fundo um assunto que é praticamente proibido nesse reino: o tratado que separa Salun e Cristyn.
Um burburinho se fez ouvir na sala, meu pai era o único que não parecia surpreso.
— E o que vocês querem sugerir? — O rei arqueou a sobrancelha.
— Pesquisamos muito e chegamos à conclusão que uma aliança entre os reinos seria muito proveitosa — Sam respondeu.
— Era só o que faltava! — Alguém reclamou na mesa e contagiou os outros a opinar.
— Silêncio! — Papai elevou a voz fazendo todos se calarem. — Peço que aguardem o término da argumentação deles, por favor.
— Como estávamos dizendo — retomei o assunto correndo os olhos pelas pessoas na mesa —, vemos muitos benefícios em uma possível reconciliação com o reino vizinho, tenho em mãos uma lista repleta deles, se me permitirem ler.
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Graça, margaridas e chá
EspiritualSérie Redenção: Livro 1 Eleanor Yuna nunca imaginou que atravessar um rio pudesse mudar o rumo de sua vida. A princesa não almejava de jeito algum ser o centro das atenções ou ter que tomar decisões importantes. Estar nas sombras era bem mais confo...