A sensação que me envolvia na volta para casa era de liberdade, com uma felicidade enorme correndo pelas minhas veias. Queria dançar, pular e contar para todo mundo o que havia acontecido comigo.
Mas ao cruzar a porta de entrada meu sorriso se desfez.
— Finalmente! — Minha mãe veio até mim e me abraçou, como se fizesse dias que não via meu rosto. — Você está bem, filha? Cadê seu irmão?
— Estou bem, mas não sei onde está o Nate — respondi estranhando aquela reação. — Não estou entendendo nada.
— O Nathan saiu com o Joe para te procurar, ficamos muito preocupados com sua demora.
— Eu não vi o Nate, mãe — franzi a testa —, e só perdi a hora, não precisavam de tanto alvoroço.
— Alvoroço? Não faz idéia de como fiquei preocupada, você estava tão tristonha pela manhã, pensei que tivesse acontecido algo de ruim.
— As princesas já chegaram? — mudei de assunto.
— Sim, seu pai está fazendo sala para as duas.
— Será que é melhor irmos procurar meu irmão e Joe? — cogitei a possibilidade e resolvi espiar pela janela à procura de um sinal dos dois.
Foi impossível segurar o suspiro de alívio ao vê-los cruzando o portão de entrada, saí de casa imediatamente.
— Aí está ela! A princesa nos assustou. — Joe sorriu ao me ver sã e salva, mas Nate não parecia tão animado.
— Onde você estava? Te procuramos por todo lugar. — Seu olhar analisou meu rosto.
— Eu... — procurei uma escapatória que não fosse a mentira. — Eu estava no mesmo lugar de sempre, provavelmente nos desencontramos.
— É, no mesmo lugar de sempre. — Nathan forçou um sorriso, eu sabia que estava encrencada.
— Bom, o que importa é que estão todos bem! — minha mãe afirmou, alheia a nossa troca de olhares. — Joe, leve os cavalos para o estábulo, por favor.
— Sim, majestade — concordou tomando as rédeas do cavalo de Nathan e saindo de nossas vistas.
— E vocês dois, vão tomar um banho e se trocar, o jantar será daqui a pouco.
Obedecendo sua ordem, seguimos para dentro do castelo.
— Nate, eu... — tentei iniciar uma conversa, mas ele me interrompeu.
— Eleanor, onde você estava? — Seu rosto estava sério.
— Como assim? Eu já disse.
— Vai continuar mentindo? Achei que confiasse em mim. — Passou na minha frente quando chegamos ao topo da escada, me fazendo parar. — Eu te vi cruzando o rio, estava em Cristyn?
— Fale baixo! — sussurrei olhando ao redor, não havia escapatória, teria que lhe revelar tudo. — Certo, eu vou dizer a verdade, mas não agora.
— E quando será?
— Me encontre na biblioteca, quando todos estiverem dormindo. — Respirei fundo, se não conseguisse convencer meu irmão a manter segredo, estava em apuros.
Nathan concordou, meio relutante, mas concordou.
Assim seguimos para nossos quartos afim de nos preparamos para o jantar.
☆☆☆
— Ellen, você não sabe o quanto senti sua falta! — Liz se agarrou ao meu braço enquanto caminhávamos em direção aos quartos que abrigariam ela e sua irmã durante a estadia. — Que felicidade poder te ver.
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Graça, margaridas e chá
SpiritualSérie Redenção: Livro 1 Eleanor Yuna nunca imaginou que atravessar um rio pudesse mudar o rumo de sua vida. A princesa não almejava de jeito algum ser o centro das atenções ou ter que tomar decisões importantes. Estar nas sombras era bem mais confo...