Torre Purina

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Mais 1 . Tô com vontade de soltar vários cap kkkkk tem uns preparados já, pq tô ansiosa com a fic kkkk.

Boa Leitura Gays.

POV. VOLTAN
SÓ MAIS 142 DIAS.
Duas da manhã. Quarta-feira. Meu quarto.
Acordo com o barulho de pedras batendo na janela. Primeiro acho que estou sonhando, mas então ouço de novo. Levanto e olho pela persiana, e Bárbara está no jardim vestindo
calça de pijama e um suéter escuro.

Abro a janela e inclino o corpo pra fora.
— Vai embora.
Ainda estou brava com ela por me fazer tomar uma advertência, a primeira da minha vida.
Também estou brava com Bak por achar que estamos namorando de novo, e é culpa de quem?
Eu provoquei, beijei a covinha dele, fiquei com ele no drive-in. Estou brava com todo mundo, principalmente comigo mesma.
— Vai embora — repito.
— Por favor, não me faça subir na árvore, porque provavelmente vou cair e quebrar o pescoço e temos muita coisa pra fazer, não posso ficar hospitalizada.
— Não temos mais nada pra fazer. A gente já fez o que tinha que fazer.

Mas arrumo o cabelo e passo um pouco de gloss e visto um roupão. Se eu não descer, quem sabe o que pode acontecer?
Quando chego do lado de fora, Babi está sentada na varanda, encostada na cerca.
— Achei que você não ia descer nunca — diz.
Sento ao lado dela e sinto o piso gelado.
— O que você está fazendo aqui?
— Você estava acordada?
— Não.
— Desculpa, mas agora que acordou, precisamos ir.
— Não vou a lugar nenhum.
Ela levanta e anda até o carro. Vira e diz, bem alto:
— Vamos.
— Não posso simplesmente sair a hora que eu quiser.
— Você não está brava ainda, está?
— Na verdade, estou. E olha pra mim. Nem estou vestida.
— Tá bom. Tira esse roupão feio. Pega um sapato e uma jaqueta. Não vai perder tempo trocando o resto da roupa. Escreva um bilhete pros seus pais pra eles não ficarem preocupados se acordarem e virem que você não está em casa. Você tem três minutos até eu entrar atrás de você.

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Vamos de carro em direção ao centro da Loud . Os quarteirões têm calçadões para pedestres. Desde que o shopping novo abriu, não tem por que vir aqui a não ser pela padaria,
que tem os melhores cupcakes da região. As lojas são sobreviventes, relíquias de mais ou menos vinte anos atrás — uma loja de departamentos triste e muito antiga, uma loja de sapato que cheira a naftalina, uma loja de brinquedos, uma loja de doces, uma sorveteria.

Babi estaciona o Carro e diz:
— Chegamos.
Todas as lojas estão com as luzes apagadas, é claro, e não tem ninguém na rua. É fácil fingir que somos as únicas pessoas no mundo.
Ela diz:
— Penso bem melhor à noite, quando todo mundo está dormindo. Sem interrupções. Sem barulho. Gosto da sensação de estar acordada quando ninguém está.

Me pergunto se ela dorme, nem que seja um pouco.
Vejo nossa imagem na vitrine da padaria, parecemos duas crianças de rua.
— Pra onde estamos indo?
— Você vai ver.
O ar está fresco e limpo e tudo está quieto. À distância, a torre Purina, a construção mais alta da cidade, está acesa, e atrás dela está a torre do sino do colégio.
Na frente da Bookmarks, Babi pega um molho de chaves e destranca a porta.
— Minha Tia trabalha aqui quando não está vendendo casas.

A livraria é estreita e escura, uma parede de revistas de um lado, prateleiras de livros, uma mesa e cadeiras, um balcão vazio onde café e doces são vendidos durante o horário
comercial.

Ela para atrás do balcão e abre um refrigerador que fica escondido ali. Procura, procura e tira dois refrigerantes e dois muffins, e vamos até a seção infantil, que tem pufes e um tapete azul gasto. Acende uma vela que encontrou perto do caixa e a luz reflete trêmula por seu rosto
enquanto ela a carrega de prateleira em prateleira e passa os dedos pelas lombadas dos livros.
— Está procurando alguma coisa específica?
— Sim.
Finalmente, senta ao meu lado e passa as mãos no cabelo, fazendo com que fique bagunçado em todas as direções.
— Não tinha lá nas bibliotecas móveis e não tem aqui. — Pega uma pilha de livros infantis e me dá alguns. — Mas, graças a Deus, eles têm esses.

30 Dias  30 Motivos - Babitan G!POnde histórias criam vida. Descubra agora