Monte Hoosier//2 . "Se existisse alguém capaz de me salvar, seria você."

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Deixem as estrelinha. Por favor :)

Tô aprontando os cap, pra só ir postando. Pra ficar mais fácil.

BOA LEITURA GAYS.

POV. VOLTAN.

Ela tira o cabelo dos olhos e me dá uma boa encarada. Seu olhar desce devagar pro meu rosto até chegar à boca. Por um segundo, acho que vai me beijar. Por um segundo, quero que ela me beije.

Desvio os pensamentos rapidamente, e mudo de assunto depressa.
---- Então, podemos riscar este da lista, certo? Um já foi, falta mais um. Pra onde vamos agora? - Pareço a secretária do meu pai falando.
- Tenho um mapa na mochila. -
Ela não se mexe para pegá-lo. Em vez disso, fica ali parada, respirando, olhando tudo em volta. Quero pegar o mapa porque é assim que sou, ou
era: eficaz. Mas ela não vai a lugar nenhum, e sua mão encontra a minha. Em vez de puxá-la de volta, me obrigo a ficar ali parada também, e é bom. As correntes elétricas correm. Meu corpo está tenso. A brisa sopra, fazendo as folhas nas árvores sussurrarem. É quase como música.

Ficamos lado a lado, olhando pra fora e pra cima e ao redor.
Então ela diz:
- Vamos pular.
- Tem certeza? É o ponto mais alto de Indiana.
- Tenho certeza. É agora ou nunca, mas preciso saber se você vem comigo.
- Tá bom.
- Pronta?
- Pronta.
- No três.
Pulamos enquanto as crianças tagarelam. Aterrissamos, empoeiradas e rindo. Com o sotaque de australiana, Babi diz pra elas:
- Somos profissionais. Não tentem fazer isso em casa.

Deixamos para trás algumas moedas britânicas, uma palheta vermelha um chaveiro do colégio. Colocamos tudo em uma pedra falsa que Bárbara encontrou na garagem de casa. Ela
deixa a pedra entre aquelas que cercam o ponto mais alto. Bate as mãos pra tirar a poeira enquanto levanta.

- Quer você queira, ou não, agora faremos parte deste lugar pra sempre. A não ser que aquelas crianças venham aqui e roubem o que deixamos.
Minha mão parece fria sem a dela. Pego o celular e digo:
- Precisamos documentar este momento de alguma forma.
Começo a tirar fotos antes que ela concorde, e revezamos quem posa no ponto mais alto.

Então ela pega o mapa e um caderno na mochila. Me entrega o caderno e uma caneta e, quando recuso, ela me diz que a letra dela é um garrancho e que sou eu que vou anotar tudo.
Oque não digo é que eu preferia dirigir até Indianá-polis a escrever no caderno.
Mas como ela está me olhando, rabisco algumas coisas - local, data, hora, uma descrição breve do lugar e das crianças na cerca - e depois abrimos o mapa na mesa de piquenique.

Bárbara segue as linhas rodoviárias vermelhas com o dedo indicador.
- Sei que Black disse pra escolhermos dois lugares e fazer o projeto com eles, mas eu acho que não é o suficiente. Acho que precisamos ver todos.
- Todos o quê?
- Todos os lugares interessantes do estado. Todos que conseguirmos visitar durante o semestre.
- Só dois. Era esse o trato.
Ela estuda o mapa, balança a cabeça. Sua mão se move pelo papel. No fim, fez marcas de caneta em todo o estado, circulando as cidades onde sabe que existe uma atração
- o Parque Estadual das Dunas; o Maior Ovo do Mundo; a casa de Dan Patch, o cavalo de corrida; as catacumbas da Market Street; e os Sete Pilares, uma série de colunas de calcário enormes, esculpidas pela natureza, com vista para o rio Mississinewa. Alguns círculos são perto de Loud , outros não.
- É muita coisa - digo.
- Talvez sim. Talvez não.

Início da noite. Entrada da garagem de Babi. Seguro a Bicicleta de Gaby enquanto ela guarda a bicicleta dela.
Ela abre a porta da casa pra entrar e, como eu não me mexo, diz:
- Temos que pegar sua mochila.
- Espero aqui.
Ela só ri e vai. Enquanto está lá dentro, mando uma mensagem de texto pra minha mãe pra avisar que volto logo. Imagino que está esperando na janela, me procurando, embora jamais deixe que eu a flagre fazendo isso.

30 Dias  30 Motivos - Babitan G!POnde histórias criam vida. Descubra agora