Capítulo 36.

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Narrador (a): Akemi

O fato de termos vencido uma batalha me deixou aliviada. Nós fomos avisados de uma forma tão tardia que... sinceramente, eu achei que nós não conseguiríamos vencer. Durante as comemorações, eu tinha percebido que a Helena tinha sumido. Fui procurar ela e, para minha surpresa, achei ela caída no chão de uns escombros, completamente ferida. Eu me aproximei dela, insistindo para que ela me deixasse levá-la para a ala de cura do nosso templo, mas ela não deixou. Disse que o maior orgulho dela foi ter conseguido reparar a besteira que fez e fechou os olhos. Eu fiquei desesperada e tentei acordá-la. Não queria acreditar que na verdade, ela havia morrido.

Urano: - É, foi uma batalha árdua, mas nós vencemos.

Akemi: - Não foi exatamente uma vitória.

Urano: - Porque está dizendo isso?

Akemi: - Nós perdemos a Helena. Perdemos uma de nós.

Urano: - Eu sei que nós tivemos muitas perdas, mas... infelizmente, é uma guerra. Sempre há perdas dos dois lados.

Akemi: - Em outras palavras, numa guerra, não se tem um vencedor ou perdedor. Todos saem perdendo.

Urano: - Eu também estou arrasado com o que houve. Mas as mortes de todas as pessoas que amamos não vão ficar impunes.

Akemi: - Acredita mesmo nisso?

Urano: - É claro. Não perca as esperanças. Nós vamos derrotar o Bezalel e vamos vencê-lo. Eu creio nisso todos os dias.

Akemi: - Obrigada pelo apoio Urano. Muito obrigada mesmo.

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Narrador (a): Deimos

O Jason é mesmo um incompetente, além de ser um completo idiota. Eu deixei bem claro que não era pra ele, em hipótese alguma, ousar em ferir a Lucine e o que ele me faz? Literalmente, coloca uma espada no pescoço dela. Mas ele vai se ver comigo. Eu não vou deixar isso passar em branco, mas primeiro, eu vou discutir com o meu pai e os nossos homens, ao menos os que voltaram vivos, o que nós vamos fazer pra se vingar dessa derrota completamente humilhante. Pelo menos os guerreiros mais importantes conseguiram voltar vivos.

Lissa: - Foi uma derrota e tanto.

Deimos: - É, mas não é por isso que eu estou furioso.

Lissa: - Isso não é resultado da minha influência.

Deimos: - É claro que não, é raiva genuína. Eu reconheceria muito bem a sua magia, minha cara irmã.

Lissa: - Nosso pai também está furioso com o que houve.

Deimos: - E não é pra está?

Lissa: - É claro que é.

Deimos: - Mas aqueles desgraçados vão pagar. E o Jason também.

Lissa: - Coitado.

Deimos: - Está com pena de um reles aprendiz de feiticeiro?

Lissa: - Eu? Claro que não.

Deimos: - Acho bom. Agora com licença, eu tenho uma reunião para participar.

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Narrador (a): Lucine

O funeral e o enterro de várias pessoas que amamos foi... simplesmente muito difícil de assistir. Mas infelizmente, não tinha como evitar todas essas perdas. Numa guerra sempre ocorrem mortes de ambos os lados, mas sinceramente, eu duvido muito que o Bezalel esteja se importando e se ele tá, não é porque tinha apreço e sim por causa das consequências que isso vai trazer no futuro. Aquele ali só se importa mesmo com o poder e nada mais.

Apolo: - Acredito que depois dessa, o Bezalel não vá mais atacar.

Lucine: - Será?

Apolo: - Bom, é o que eu acredito.

Lucine: - Ele já deve tá planejando alguma revanche.

Apolo: - É. Isso é possível.

Lucine: - Eu nunca senti medo de nada, mas...

Apolo: - Ei, eles não vão vencer.

Lucine: - É o que eu espero. Porque caso contrário, nós estamos perdidos.

Continua...

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