Capítulo 08.

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Narrador (a): Lucas

Enquanto eu voltava do meu colégio pra casa, avistei um falcão azul. Deve ser da floresta da lua, pois na floresta do sol só existem falcões de cor amarela. Enfim, eu reparei que esse falcão estava fugindo de umas sombras negras e resolvi ajudá-lo, afinal agora eu estava sozinho, ou seja, não tem ninguém me olhando. Assim que eu lancei as luzes solares nas sombras, elas recuaram e foram embora. O falcão azul simplesmente pousou no meu ombro e eu vi que ele carregava consigo uma mensagem destinada à minha família.

Hélio: - Fico feliz que dessa vez, tenha sido prudente.

Lucas: - Eu irei levar isso como um elogio. Sabe bem que certas coisas se recusam a permanecer escondidas.

Hélio: - Tenho consciência disso meu filho.

Aurora: - Mas o que diz na mensagem?

Abner: - Pela cara de preocupação do papai, com certeza não é coisa boa.

Apolo: - Bezalel promoveu outro ataque?

Lucas: - Segundo a mensagem não, mas parece que ele envenenou o primeiro sacerdote da lua usando uma mistura do pó lunar com o pó negro.

Hélio: - Dessa vez ele foi longe demais.

Lucas: - A pergunta é: quando ele não vai longe demais?

Aurora: - Lucas.

Lucas: - Eu falei alguma mentira minha mãe?

Apolo: - O pior é saber que ele queria que a mensagem não chegasse até nós.

Abner: - É porque a intenção dele é quanto menos nós ou a família Aibek soubermos, melhor.

Lucas: - Bom saber que a sua cabeça não serve só pra fazer poemas.

Hélio: - Lucas, para de implicar com o seu irmão.

Apolo: - Não é o caso de reunirmos os nossos sacerdotes e sacerdotisas?

Lucas: - Eu temo que nós tenhamos que precisar de muito mais do que os poderes das sacerdotisas e dos sacerdotes.

Aurora: - Como assim filho?

Lucas: - Bezalel não almeja apenas o poder. Mais do que só conseguir as flores, as pedras e tudo mais. Ele pretende destruir tudo que conhecemos e amamos.

Abner: - Um reino inteiro onde não há nenhuma luz, apenas trevas. Mas isso é impossível, se pensar pela lógica.

Hélio: - Nós vamos falar com os sacerdotes.

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Eu confesso: nunca fui muito de vim ao templo solar. Eu sempre vinha quando era pra fazer alguma reza importante ou nas comemorações com a minha família. Mas nunca pra uma reunião. Se bem que, como dizem por aí, pra tudo tem uma primeira vez. Ao que parece, eles estão bem ocupados tratando as vítimas do ataque à vila que o Bezalel, por puro capricho, atacou. E também teve aquele outro ataque a cidade, que só não foi mais pior por conta da minha intervenção.

Mercúrio: - Pobre Chandra.

Vênus: - É melhor tomar cuidado Mercúrio.

Júpiter: - Bota muito cuidado nisso. Se ele tem o pó da lua, então com certeza ele também o pó do sol.

Akemi: - Júpiter, nem fala uma coisa dessas.

Akira: - Minha irmã, por mais que isso seja algo terrível, tem chances de ser verdade.

Lucas: - Akira tem razão. Se nós não começarmos a agir agora, o próximo passo de Bezalel vai ser mandar os filhos dele ou até mesmo os servos pra cá.

Continua...

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