Capítulo 06.

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Narrador (a): Amon

Enquanto as princesas Lissa e Mara e a rainha Lilith assistiam a festa do eclipse no mundo mortal com cara de tédio, fiquei observando a princesa Lissa por alguns momentos. Mas aí eu percebi que Betânia, minha irmã mais nova, tinha sumido. Se eu fiquei preocupado? Não. Muito provavelmente, ela deve está suprindo as necessidades do príncipe Deimos. Apesar da minha atenção está voltada para a princesa Lissa, não pude deixar de notar que Ravena, a cobra de estimação da rainha Lilith, não estava com ela. Achei estranho, mas resolvi deixar isso quieto. Afinal, eu sou um servo e não devo me intrometer nos assuntos da família.

Bezalel: - Amon, meu servo predileto, venha até aqui.

Amon: - Meu senhor, aconteceu algo?

Bezalel: - Preciso que entregue uma mensagem à grande sacerdotisa.

Amon: - Claro. Não se preocupe, serei discreto.

Bezalel: - É por isso que gosto de você.

Amon: - Tudo que eu faço é pensando no melhor para este reino.

Bezalel: - Ouça minhas palavras, rapaz. Um dia, você deixará de ser um servo.

Ele me entregou a mensagem e eu fui direto ao templo entregá-la para a sacerdotisa Freya. Assim que eu cheguei, fui recebido pela sacerdotisa Samara, que queria ver a conteúdo da mensagem a todo custo. Eu, pacientemente, expliquei que deveria entregar a mensagem nas mãos da sacerdotisa Freya. Ela ficou furiosa e tentou lançar um feitiço de escuridão óptica em mim, mas por sorte, a sacerdotisa Jilaya apareceu e impediu que o pior acontecesse. Ela me levou até a sacerdotisa Freya e eu entreguei a mensagem à ela, que simplesmente deu um sorriso cruel e escreveu uma mensagem com a resposta que eu deveria dá ao meu amo.

Freya: - Não é a toa que o nosso rei gosta de você. É discreto, e acima de tudo, leal.

Amon: - Lealdade é uma qualidade que poucas pessoas daqui tem.

Freya: - Tem razão.

Amon: - Quero que saiba que eu também estou à sua disposição para o que precisar.

Freya: - Isso é ótimo, meu caro Amon.

Amon: - Eu fico feliz de poder ser útil senhora.

Freya: - Você viu a Ravena?

Amon: - Não. Não vi.

Freya: - Qualquer dia, você poderia trazer ela pra cá.

Amon: - Irei tentar fazer isso com certeza.

Freya: - Não tema a fúria de Lilith. Sabemos bem o quanto o animal querido dela tem vontade própria.

Amon: - Claro. Eu tenho que ir. Não posso deixar o meu senhor esperando.

Assim que cheguei ao palácio, fui direto aos aposentos de meu amo e entreguei a mensagem à ele. Quando estava indo para o meu alojamento, encontrei a princesa Lissa, que me convidou para ir tomar vinho com ela. Eu aceitei, afinal eu sou apenas um servo e não fica bem dizer não à uma princesa, especialmente quando ela é a personificação da cólera e da raiva. Nós nos divertimos bastante nos aposentos dela e ela até dançou. Antes de me deixar ir embora, ela me deu um beijo nos lábios.

Amon: - Ele te maltratou de novo Betânia?

Betânia: - Nada que eu já não esteja acostumada.

Amon: - Eu sei que não posso fazer nada pra te ajudar.

Betânia: - Não se culpe. A culpa atrasa a vida das pessoas.

Amon: - Tem razão. Mas isso não muda o fato de que nós somos irmãos.

Betânia: - É, não muda mesmo.

Amon: - Você é uma serva e eu também. Mas nós temos o nosso valor. Não se esqueça disso.

Betânia: - Não esquecerei. Nunca.

Continua...

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