Narrador (a): Lucine
Estava no meu quarto no templo lendo um livro. E do nada, e quando eu digo do nada, é do nada mesmo, apareceu uma cobra negra na minha cama. Na primeira oportunidade, tentou me atacar, mas eu consegui escapar porque eu fui mais rápida. Tive uma leve impressão de que apesar de ser apenas um réptil, a cobra agia como se fosse uma humana. Mas nesse momento, o que importava era me livrar desse bicho. E depois, pra situação ficar ainda mais bizarra, uma mulher apareceu. Com certeza é a dona da cobra e foi ela que mandou esse animal me atacar.
Lilith: - Calma meu amorzinho. Calma.
Lucine: - Como eu suspeitava. Você é que é a dona dessa... enfim, dessa coisa.
Lilith: - Bem se vê que você não tem o mínimo de respeito pelos animais.
Lucine: - Ter eu tenho. O problema é quando eles me atacam.
Lilith: - Então você é a senhorita Aibek.
Lucine: - A própria. E você é a rainha Lilith, esposa do Bezalel.
Lilith: - E esta preciosidade é o meu animal de estimação. O nome dela é Ravena.
Lucine: - O que quer comigo?
Lilith: - Apenas lhe prevenir sobre os infortúnios que vai enfrentar.
Lucine: - Eu não tenho medo de desafios.
Lilith: - Ótimo. Porque eu vou fazer questão de encher a sua vida de desafios. A não ser que...
Lucine: - Que?
Lilith: - Que você se afaste do Apolo.
Lucine: - Querida, pra me afastar do Apolo, vai precisar muito mais do que uma cobra.
Lilith: - Você é quem sabe, senhorita. Eu avisei.
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Narrador (a): Akemi
Clara e eu estávamos na cozinha do templo fazendo um bolo. É o aniversário da nossa mestra. Nós decidimos apenas fazer um bolo para que ela saiba que nós não esquecemos do aniversário dela. Geralmente, nós e os sacerdotes nos juntamos e organizamos uma comemoração, mas devido à guerra e também ao erro que a Helena fez questão de cometer, isso não vai ser possível. Mas eu levarei um pedaço do bolo pra ela depois.
Urano: - Oi Akemi. Belo bolo.
Akemi: - Urano! Você sabe que eu não gosto quando você aparece sem...
Urano: - Sem fazer barulho, eu sei. Desculpa, não queria te assustar. Mas é que eu não resisti.
Akemi: - Numa coisa eu tenho que reconhecer. Nesse ponto, você não é desastrado.
Urano: - Eu posso... pegar um pedacinho do bolo.
Akemi: - Não. Seu guloso. Você vai esperar o momento certo pra ter que comer.
Urano: - Akemi!
Akemi: - Nem adianta fazer birra porque eu não vou mudar de ideia. E agora sai daqui antes que o Akira apareça.
Urano: - Esse teu irmão é mais protetor do que não sei o quê?
Akemi: - Urano, o Akira e eu não temos mais ninguém a não ser um ao outro. É natural que ele me proteja.
Urano: - Eu não vou ganhar nenhum beijinho?
Akemi: - Não. Mas... se você comportar direitinho, eu levo um pedaço de bolo pra você.
Urano: - Promete?
Akemi: - Prometo.
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Narrador (a): Deimos
A Lissa me disse que um passarinho contou pra ela que a mamãe fez uma visitinha pra Lucine e ainda levou à tiracolo aquela praga da cobra estimação dela, a Ravena. Mas quando eu voltar lá pra casa, eu vou dá um jeito naquele réptil. Mas por hora, eu vou fazer uma visitinha pro primogênito da família Ravi. Mas não vai ser pra atacar não, muito pelo contrário, é pra ajudar a proteger a Lucine. Ao menos por enquanto, porque na primeira oportunidade que eu tiver, eu mato esse desgraçado. Por hora, ele ainda tem utilidade.
Apolo: - Você?
Deimos: - O próprio. Em carne e osso.
Apolo: - O que quer?
Deimos: - A sua ajuda.
Apolo: - Pra quê?
Deimos: - Pra proteger a Lucine.
Apolo: - A Lucine não precisa de proteção.
Deimos: - Eu sei que ela é forte. Mas acontece que a minha mãe cismou de ter você como um dos amantes dela. E se eu conheço bem a minha progenitora, quando ela bota uma coisa na cabeça, não tem quem tire.
Apolo: - Em outras palavras, você quer dizer que ela tentou matar a Lucine?
Deimos: - Não. Ainda não. Mas ela vai fazer isso. Quando eu não sei, mas vai.
Apolo: - E o que você quer?
Deimos: - Fazer um trato. Por hora, a gente esquece a nossa rixa e protege a Lucine. Mas depois, tudo volta a ser como era antes. O que acha?
Apolo: - Trato feito.
Continua...
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Sol e Lua
General FictionSol e Lua: ele é a estrela central do Sistema Solar e ela o único satélite natural da terra. Nos dias atuais, quem vê pensa que eles são apenas os dois maiores astros do Sistema Solar, mas nem sempre foi assim. Houve uma época em que todos acredita...