Capítulo 51.

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Narrador (a): Apolo

Assim que eu e os outros chegamos, fomos direto pra sala de cerimônias, onde o casamento aconteceria. Quase todos estávamos lá, com exceção da rainha Lilith, que muito provavelmente deveria está ocupada torturando mais uma vítima. Eu esperava que o show de horrores dela estivesse longe de acabar, mas infelizmente, não foi o que aconteceu. Quando ela chegou, logo foi para o meu lado. Me deu um beijo no rosto. A cerimônia logo começou. Sinceramente, deu uma agonia só de ver a mulher que eu amo ali, olhando pra mim e pra toda a família com um olhar de desespero. Se o lugar não estivesse tomado por uma poção de guardas, eu teria feito alguma coisa. Mas sem querer, a sacerdotisa Freya e a filha dela, Hadria, me ajudaram. Elas apareceram trazendo o corpo de um réptil, que eu logo reconheci como sendo o corpo da cobra de estimação da rainha Lilith. O choque foi grande e o caos se instaurou na sala. O corpo do animal rapidamente começou a se transformar em um corpo humano. Freya logo partiu pra cima de Bezalel e o matou esfaqueado. Lilith revidou matando a sacerdotisa Hadria, o que deixou Freya enlouquecida. Eu aproveitei a confusão e peguei Lucine. A levei dali antes que o choque passasse e todos dessem por nossa falta. Alguns habitantes também fizeram isso. Entre eles, as princesas Lissa e Mara e o servo Amon. O restante também tratou de sair dali e todos foram para lugares diferentes das florestas do dia e da noite. Levei Lucine para minha casa.

Apolo: - Como você está, meu amor?

Lucine: - Bem melhor. Por um instante, eu...

Apolo: - Não pensa nisso agora.

Lucine: - Difícil não pensar.

Apolo: - Pelo menos, Bezalel está morto. É uma preocupação a menos para nós dois agora.

Lucine: - Bezalel pode está morto, mas o Deimos e aquela mulher ainda estão vivos.

Apolo: - Não vai acontecer nada.

Lucine: - Eu não temo só por nós dois. Também temo pelo nosso filho.

Apolo: - Isso é sério?

Lucine: - É.

Naquele momento, pouco importou se Deimos estava furioso ou não. Eu apenas peguei Lucine e a girei no ar. Ela riu, como se não tivesse rido há muito tempo desde que foi sequestrada e levada para o reino das sombras. Nós nos beijamos e ficamos trocando carícias. Eu coloquei a mão na barriga dela e jurei pra mim mesmo que não importa o que aconteça, eu protegerei a minha mulher e o meu filho, nem que pra isso, eu tenha que dá a minha própria vida.

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Narrador (a): Deimos

Assim que o choque passou, a primeira coisa que minha mãe e eu tratamos de fazer foi de dá um sepultamento a todos que foram mortos nesse dia. Tanto ela como eu estamos com sangue nos olhos. Pelo menos alguns dos traidores foram mortos. Entre eles, a Samara, que com certeza foi a responsável por isso em conluio com o Hannibal, que também foi morto. Mas infelizmente, quem eu queria ver morto não está entre os que foram sepultados e ainda fugiu com a minha rainha. Mas isso não vai ficar assim, não vai mesmo. Apolo que me aguarde. E as minhas queridas irmãs também. Porque se eles pensam que eu vou deixar barato, estão muito enganados. Eu só vou esperar passar o luto pela morte de meu pai e a minha coroação.

Deimos: - A morte de meu pai já foi vingada, mamãe.

Lilith: - Eu não quero ter que perder você também, Deimos. É o único filho que me restou.

Deimos: - A senhora nunca vai me perder, mãe. Eu estarei ao seu lado sempre.

Lilith: - Aqueles traidores vão pagar caro por isso!

Deimos: - Meu pai realmente foi indiscreto. Mas eu não cometerei o mesmo erro que ele. Nós teremos a nossa vingança, mamãe. Eu te prometo isso.

Lilith: - Apenas me traga o corpo de Apolo.

Deimos: - Não se preocupe. Aqueles dois terão um destino muito pior. Ficarão separados pela eternidade.

Lilith: - Cuidarei dos preparativos da sua coroação.

Deimos: - Mantenha tudo em segredo. Deixe todos pensar que estão por cima. Pior pra eles. Quanto maior for a altura, pior é o tombo.

Lilith: - Sairá tudo exatamente como você quer. Meu filho e soberano.

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Narrador (a): Chantrea

Com exceção de mim, da Livana, da Kiana e também dos sacerdotes Qamar e Jericó, todas as outras sacerdotisas e o meu pai foram mortos. Qamar se aproximou de mim e tentou me consolar da maneira que poderia, enquanto Jericó, Kiana e Livana choravam abraçados pela perda que sofremos. A família Aibek também está triste, mas por outro lado, feliz por saberem que a Lucine está bem e segura na floresta do dia. Assim que o funeral terminou, eu fui para o meu quarto completamente arrasada pela perda de meu pai. Ele era tudo para mim. Era só eu e ele no mundo. Desde a morte da minha mãe, tínhamos ficado muito próximos. E agora eu... eu me sinto completamente sozinha e desamparada.

Qamar: - Sinto muito por sua perda.

Chantrea: - O que vai ser de mim agora?

Qamar: - Você não está sozinha. Terá sempre todos nós aqui e... a mim também.

Chantrea: - Muito obrigada. Você é um grande amigo.

Qamar: - Sei que esse não é o momento certo, mas... eu quero dizer que amo muito você.

Chantrea: - Você... gosta de mim, Qamar?

Qamar: - Eu sei que não deveria sentir isso, afinal eu sou bem mais velho, te vi crescer...

Chantrea: - Amor não tem tempo e nem idade.

Qamar: - Está me dizendo que...

Chantrea: - Que quando esse período de luto passar, eu casarei com você e serei sua companheira pra sempre.

Continua...

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