Narrador (a): Deimos
Estava em meu esconderijo observando a minha futura esposa com o objeto de desejo da minha querida mamãe brincando pela floresta. Os dois pareciam duas crianças. Estavam correndo e trocando beijos, carícias e palavras completamente apaixonadas. Nesse momento, a raiva me invadiu por completo. Eu estava tão concentrado vendo a cena patética que nem percebi que a Lissa tinha entrado completamente atordoada. Vai ver ela deve ter discutido com o ficante ou seja lá o que aquele rapaz seja dela.
Deimos: - O que foi?
Lissa: - Só estou pensando.
Deimos: - E desde quando a personificação da raiva pensa?
Lissa: - Deimos, você não acha que ficar aqui está...
Deimos: - Nos tornando humanizados demais? Sim.
Lissa: - Pelo jeito, você também não está num bom dia.
Deimos: - Como se fosse possível está num bom dia vendo a mulher que você ama com outro homem.
Lissa: - Bom, eu nem devia falar isso pra você, mas...
Deimos: - Fala logo Lissa!
Lissa: - A mamãe está planejando alguma coisa contra essa garota.
Deimos: - O quê? E o que ela está planejando?
Lissa: - Isso eu não sei, ela fez mistério. Se quer descobrir, o jeito vai ser mandar um dos seus cupinchas vigiar ela.
Deimos: - Pode ter certeza de que é isso que eu vou fazer.
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Narrador (a): Jericó
Eu estava no jardim cuidando das flores quando o general Arcturo me procurou pedindo uma encomenda. No caso, um buquê de flores pra Merope. Eu apenas registrei o pedido dele no bloco das luas e passei a tarefa pra Livana, que apesar de ser atrapalhada, é ótima em fazer essas coisas. Mas o que ela tem de atrapalhada, tem de linda. Eu sei que a gente tá em tempos de guerra e coisa e tal, mas... bom, não dá pra mandar no próprio coração.
Chandra: - Terceiro sacerdote, está tudo bem?
Jericó: - Claro. Está tudo ótimo.
Chandra: - Sabe, dizem que a flor que brocha na adversidade é a mais rara e bela de todas.
Jericó: - Eu já tinha ouvido falar disso.
Chandra: - Se eu estivesse no seu lugar, não estaria reprimindo os seus sentimentos.
Jericó: - Eu não estou reprimindo os meus sentimentos.
Chandra: - Tem certeza?
Jericó: - Primeiro sacerdote, nós estamos em guerra.
Chandra: - Eu já tive a sua idade, também vivi um amor em meio à guerra.
Jericó: - O senhor acha que...
Chandra: - Eu não acho nada. Mas quer um conselho? Faça o que o seu coração mandar.
Jericó: - Pode ter certeza de que eu farei isso.
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Narrador (a): Akemi
Eu tinha ido ao meu quarto pegar um colar que eu esqueci e dei de cara com um buquê de flores amarelas em cima da minha cama com um bilhete com um carimbo de sol. Peguei as flores e as guardei num vaso e logo em seguida, fui ler um bilhete. E qual não foi a minha surpresa ao ver de quem era? Bom, é até verdade que o Urano sempre teve uma quedinha por mim desde... bom, eu acho que desde que eu cheguei aqui no templo pela primeira vez. Mas eu nunca imaginei que ele fosse ter coragem de me convidar pra um encontro.
Solange: - O que foi Akemi?
Akemi: - Me chamaram pra um encontro.
Solange: - Pra um encontro? Isso é sério?
Akemi: - É. E adivinha quem me convidou?
Solange: - Urano? Akemi, ele tem uma paixão do tamanho de um penhasco por você desde que eu me lembro.
Akemi: - Eu sempre tinha visto ele só como um... amigo.
Solange: - Se eu tivesse no seu lugar, daria uma chance pra ele.
Akemi: - Sério?
Solange: - Olha, segue o meu conselho. Aceita o convite.
Akemi: - Se você tá me sugerindo isso...
Solange: - Akemi, eu sei que a gente tá em guerra, mas até nela a gente tem que se abrir pro amor.
Akemi: - Tudo bem, eu vou. Mas espero está fazendo a coisa certa.
Continua...
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Sol e Lua
General FictionSol e Lua: ele é a estrela central do Sistema Solar e ela o único satélite natural da terra. Nos dias atuais, quem vê pensa que eles são apenas os dois maiores astros do Sistema Solar, mas nem sempre foi assim. Houve uma época em que todos acredita...