Capítulo 48.

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Narrador (a): Apolo

Lilith invadiu o meu quarto ontem à noite. Veio me entregar pessoalmente o convite de casamento do filho. Disse que queria que eu estivesse presente na cerimônia. No fundo ela está confiante de que com isso, eu me entregue de vez para ela. Mas isso não vai acontecer. Depois de me entregar o convite, ela simplesmente foi embora. Logo depois, a Betânia apareceu com o Abner. Disseram que logo, a Lucine estará fora da cela dela. Vai ser a oportunidade perfeita pra tirar ela daquele lugar.

Apolo: - Por mim, eu tiraria ela de lá agora mesmo.

Hélio: - Tenha paciência, meu filho.

Apolo: - Paciência é o que eu mais tenho tido, meu pai.

Hélio: - Eu sei disso. Mas fique calmo. Espere apenas mais um pouco.

Apolo: - Está bem. Esperarei. Mas apenas mais alguns dias.

Hélio: - Não tome nenhuma atitude precipitada. Se fizer isso, será pior para você.

Apolo: - Não se preocupe, meu pai. Não farei nada precipitado.

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Narrador (a): Freya

Quando Hadria me contou sobre a conversa com Samara, eu fiquei em estado de choque. Num primeiro momento, eu quis ir atrás daquela miserável e dá umas boas chibatadas nela. Mas por outro lado, fiquei com uma pulga atrás da orelha, como dizem aqueles humanos tolos quando estão desconfiados de algo. A morte da minha irmã sempre foi um completo mistério. Nunca mais toquei no assunto por pura insistência do Bezalel, mas a verdade é que... essa história nunca saiu da minha cabeça.

Elathan: - Está tudo bem, senhora?

Freya: - Por que não estaria?

Elathan: - É que a senhora tem andado um pouco... nervosa.

Freya: - Sim. É verdade. A guerra... sempre estressa as pessoas.

Elathan: - Tem algo que eu possa fazer pela senhora?

Freya: - Sim.

Elathan: - E o que eu posso fazer para agradá-la?

Freya: - Traga Ravena até mim.

Elathan: - A cobra da rainha não se encontra.

Freya: - O quê?

Elathan: - A rainha a levou para um lugar mais... sossegado.

Freya: - Onde?

Elathan: - Eu não sei.

Freya: - Descubra isso para mim imediatamente.

Elathan: - Sim, senhora. Com licença.

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Narrador (a): Lucine

Quanto mais o tempo passa, mais eu me sinto sufocada nesse lugar. Já estou aqui há tanto tempo que... nem sei mais. As sacerdotisas vem me ver, até me fazem companhia, mas eu não me abro muito para elas porque se tem uma coisa que eu aprendi desde muita nova é não confiar em ninguém do reino das sombras. Pra completar, eu continuo passando muito mal. Já faz dias que eu me sinto assim e alguma coisa me diz que essa... doença que eu sinto não é efeito de nenhum veneno. Se fosse, eu já estaria morta.

Medusa: - Boas notícias. Você sairá daqui amanhã.

Lucine: - Ótimo. Já estou farta de ter que ficar trancada nessa cela.

Medusa: - Tem que ter muita sanidade para aguentar ficar aqui por muito tempo.

Lucine: - Veio aqui só me dá essa notícia?

Medusa: - Também vim examiná-la. Eu sei que não posso vê-la e muito menos tirar essa venda dos meus olhos porque caso contrário, você virará uma estátua pra sempre.

Lucine: - Você enxerga com os olhos da alma.

Medusa: - É. E sua intuição está certa. O que você sente não é efeito de nenhum veneno.

Lucine: - Sabe o que eu tenho?

Medusa: - Sim. E é surpreendente que não tenha adivinhado.

Lucine: - Então me fale. O que eu tenho?

Medusa: - Você está grávida.

Lucine: - O quê? Mas eu só...

Medusa: - Fique tranquila. Por sorte, não dá pra notar nada. Por enquanto. Apenas... se cuide.

Lucine: - Obrigada pelo alerta.

Continua...

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