Capítulo 50.

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Narrador (a): Lucine

O "grande dia" ao menos para eles, havia chegado. Eu finalmente tinha saído da cela. Mas me senti como se estivesse entrando numa outra prisão, só que sem grades. A maioria das pessoas percebia que eu não estava feliz e me criticavam por isso. Como se o fato de está prestes a me tornar esposa de um monstro fosse motivo para que eu estivesse alegre. Para eles, é até fácil criticar. Eles foram criado para serem pessoas frias, sem emoção nenhuma. E como se não bastasse toda essa tristeza, eu também estou sentindo medo. Medo pelo homem que eu amo, por mim e pelo filho que eu espero. Enquanto estava me arrumando para o que seria a minha nova prisão, a rainha Lilith apareceu. Estava com um sorriso triunfante no rosto.

Lucine: - O que veio fazer aqui?

Lilith: - Pelo visto, você é tão sem noção que até esqueceu. Querida, eu sou a rainha. Portanto, eu ando por quais cantos eu quiser desse palácio.

Lucine: - Já entendi. Veio me provocar.

Lilith: - Também vim para lhe dizer que talvez, o Apolo esteja aqui.

Lucine: - Duvido muito.

Lilith: - Pode escolher acreditar em mim ou não. É um direito seu. Mas se ele vier, ao menos... esboce algum sorriso.

Lucine: - Eu não tenho motivo nenhum pra sorrir.

Lilith: - Bom, como eu disse. Se o Apolo vier a aparecer, é bom pensar num sorriso bem bonito porque essa será a última vez que vocês dois se verão.

Lucine: - Não cante vitória antes do tempo.

Lilith: - Não estou cantando vitória. Estou apenas expondo os fatos. Mas não se preocupe. Ele ficará triste, mas eu cuidarei para que essa tristeza passe logo.

Lucine: - Víbora.

Lilith: - Fale o que quiser. Mas seu destino está selado. E o do Apolo também. E eu irei tão cuidar tão bem dele que quando ele se der conta, vai esquecer que um dia te amou e sequer lembrar que já quis se casar com você.

Ela deu um sorrisinho triunfante e saiu. Se não fosse pelo fato de está sentindo uma forte intuição de que não me casarei com Deimos e também pelo filho que eu espero, teria partido pra cima dessa desgraçada. Mesmo estando praticamente à beira de ir para o altar, eu vou continuar firme, não perderei a esperança. Se o Apolo vier mesmo, com certeza não vai ser pra me ver me tornar a esposa do príncipe Deimos e sim para me resgatar.

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Narrador (a): Bryan

Estava em meu quarto junto com Aquiles, que só pra constar, estava todo saltitante como uma criança que acaba de ganhar um doce pelo fato da Dandara ter aceitado o pedido de casamento nada convencional dele. Mas enfim, tudo nesses dois nunca teve um pingo de conveniência, no momento de fazer o grande pedido com certeza não poderia ter sido diferente. Mas eu estou muito feliz por eles. De verdade. Mas por outro lado, eu estou com uma pontinha de inveja. Durante todo esse tempo, a Luana e eu ficamos bem próximos, até mesmo na época em que ela se comunicava como um espírito. E aí com o passar desse tempo, me apaixonei por ela.

Luana: - Está tudo bem?

Bryan: - Claro. É claro que está.

Luana: - Você parece está pensativo. O que houve?

Bryan: - Eu... eu...

Luana: - Você?

Bryan: - Eu...

Luana: - Tudo bem. Não precisa falar nada se não quiser.

Bryan: - Eu te amo.

Luana: - O quê?

Bryan: - Pronto. Era isso que eu queria dizer.

Luana: - Bryan, às vezes, gestos valem mais do que mil palavras.

Ela se aproximou de mim e me beijou na boca. Fiquei surpreso, mas correspondi. Eu queria que esse momento durasse pra sempre, pois vai ocorrer um evento no reino das sombras. Um evento no qual eu não iria se não fosse pelo fato de todos nós aqui estarmos indo para cumprir uma missão de resgate. Depois de me afastar da Luana, eu acariciei o rosto dela. Prometi para ela que assim que essa missão terminasse, nós iremos nos casar. E depois disso, nós demos as mãos e saímos para nos juntar aos nossos amigos.

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Narrador (a): Samara

É dia de festa, e ao invés de estarem se preparando para o grande momento, a sacerdotisa Freya e a Hadria se desembestaram a sair procurando pela Ravena. Eu não nego que estou até me divertindo vendo o desespero dessas duas. Elas estão parecendo... como é que os mortais falam? Duas baratas tontas. Eu sabia que ia ser só uma questão de tempo até elas ficarem com a pulga atrás da orelha depois do que eu disse. Bezalel que me aguarde. O que é pra ser um dia de glória será um dia de sangue. Bom, ao menos para o reino das sombras, que será destruído por completo.

Hadria: - Aí está você.

Samara: - Pensei que sua mãe tivesse mandado o Elathan procurar a Ravena.

Hadria: - Ela mandou, mas ele não a encontrou. Onde estão os seus companheiros?

Samara: - Se preparando pro grande momento.

Hadria: - Ótimo. Eu não quero que nada saia errado. Mas você vem comigo.

Samara: - Sabe o local onde a rainha costuma se encontrar com os amantes dela?

Hadria: - É lá que a Ravena está?

Samara: - É. Bom, você já conhece o caminho.

Hadria: - Sim. Conheço. Obrigada pela informação.

Samara: - De nada, queridinha. E espero que você e sua mãe se divirtam tanto quanto eu.

Continua...

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