Capítulo 47.

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Narrador (a): Ayla

Eu estava em minha sala fazendo minhas orações quando Aylin apareceu com um envelope completamente negro. Disse que era um convite de Bezalel convidado a todos para o casamento do filho. Estava convidando todas as sacerdotisas e também os sacerdotes tanto do nosso templo como do templo do sol. Eu fiquei completamente indignada com isso. É uma total afronta à todos nós. Minha reação foi pegar o envelope e destruí-lo.

Aylin: - Calma, minha irmã.

Ayla: - Não tem como ficar calma. Isso é...

Aylin: - Eu sei. É uma total afronta. Não só para nós, mas também para o templo do sol.

Ayla: - Vênus e Mercúrio devem está tão furiosos quanto nós.

Aylin: - Talvez essa seja a grande oportunidade de dá um fim nessa guerra.

Ayla: - É. Talvez.

Aylin: - Devo avisar à família Aibek?

Ayla: - Sim. Faça isso. Eles merecem saber o que está acontecendo.

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Narrador (a): Plutão

Ficar no meu quarto o dia inteiro só praticando e decorando um ensinamento mais chato do que o outro é um tédio. Mas infelizmente, graças à minha engenhosa travessura, o meu mestre me botou de castigo. Sério, com tanto castigo pra escolher, ele tinha que vim logo com o mais chato e entediante de todos. Mas enfim, aqui estou eu, no estado de mais puro tédio, quando a porta do meu quarto se abriu e o meu mestre entrou. E ainda por cima, acompanhado de uma garota que ele disse que me conhece. Eu estranhei e olhei a garota de cima abaixo. Nesse momento, eu entrei em choque. Eu reconheceria aquele olhar travesso e inconfundível em qualquer lugar, porque se eu tivesse me deixado guiar pelas roupas... teria atacado alguma magia nela. A Yanar se aproximou de mim e me deu um abraço.

Yanar: - Achei que não fosse mais te ver de novo.

Plutão: - E eu então? Achei até que você tinha morrido.

Yanar: - Eu tô muito feliz por te ver de novo.

Plutão: - Como você descobriu onde eu tava?

Yanar: - Uma amiga me disse.

Plutão: - Tá falando da Lucine?

Yanar: - É. Ela tá presa num templo do reino das sombras.

Plutão: - Mas... você vai voltar pra lá?

Yanar: - Eu preciso. Afinal eu sou a sacerdotisa caçula.

Plutão: - E por falar em reino das sombras, nós e acredito eu que tenha acontecido a mesma coisa no templo da lua, recebemos um convite.

Yanar: - Que convite?

Plutão: - Do casamento do príncipe Deimos.

Yanar: - E eu imagino que... ninguém esteja feliz com isso.

Plutão: - Tão querendo fazer picadinho do Bezalel. E errados, eles não tão. Mas enfim, é bom rever você depois de tanto tempo.

Urano: - Olha só, você ainda tá de castigo, mocinho. Portanto, sejam rápidos, os dois.

Plutão: - Sim mestre. Obrigado.

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Narrador (a): Samara

Estava em meus aposentos trancada. Desde os meus... últimos feitos, decidiram me manter em confinamento, o que me deixou furiosa. Bezalel nunca mais me procurou e agora, estão se aproveitando da situação para me nivelarem por baixo. Mas isso não vai ficar assim, não vai mesmo. Eu sei de muita coisa e tenho consciência de que muitos estão interessados no que eu tenho pra dizer, afinal são informações valiosíssimas. Mas eu não colocarei nenhum preço por elas. Meu amado e querido soberano e sua esposa simplesmente cavaram a própria cova e agora irão pagar o preço por isso.

Hadria: - Queria falar comigo, Samara?

Samara: - É. Queria sim.

Hadria: - Fale logo e não abuse de minha paciência.

Samara: - A sua mãe tem uma irmã, não tem?

Hadria: - Ela tinha uma irmã. A minha tia está morta?

Samara: - Foi o que disseram?

Hadria: - Onde quer chegar com isso, Samara?

Samara: - Francamente, Hadria. A maioria das pessoas aqui não são confiáveis quando o assunto é palavra dada ou promessas.

Hadria: - Eu ainda não entendi aonde quer chegar. Fale o que tem a dizer, sem rodeios ou então será morta.

Samara: - Sua querida tia está viva.

Hadria: - Como?

Samara: - É. E está bem mais perto do que você e a sua mãe imaginam.

Hadria: - Onde? Fale! Onde ela está?

Samara: - Isso, terá que descobrir sozinha.

Hadria: - Eu vou descobrir se isso é ou não é verdade. Mas já aviso, caso seja mentira, você está morta antes mesmo do fim dessa guerra.

Continua...

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