Capítulo 12.

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Narrador (a): Akira

Depois de dias andando e perguntando, finalmente eu cheguei no templo do sol. Logo eu vi que lá estava um verdadeiro tumulto. Eu fui recebido por duas pessoas. Um deles era uma garota super simpática e o outro era um rapaz que, ao meu ver, tava super estressado. E também não é pra menos, afinal vem acontecendo uma chacina atrás da outra. Ele me perguntou quem eu era e eu, claro, me apresentei como o irmão gêmeo da Akemi e perguntei onde ela estava. Uma sacerdotisa apontou pro local onde ela se encontrava ao lado de um rapaz que pelo jeito, é desastrado pra caramba.

Akira: - Akemi?

Akemi: - Não acredito. Akira, é você mesmo?

Akira: - Claro que sou eu.

Akemi: - Eu não acredito que você tá aqui.

Akira: - É. Já faz muito tempo.

Urano: - Er... eu tô por fora. Quem é esse aí mesmo?

Akemi: - Akira, esse é o Urano, o terceiro sacerdote. Urano, esse é o Akira, meu irmão gêmeo.

Urano: - Ah, você é o famoso Akira. É um prazer em conhecê-lo. Sua irmã fala muito de você.

Júpiter: - Olha só, encontro entre irmãos é muito bonito e coisa e tal, mas eu quero saber o que você veio fazer aqui rapaz.

Akira: - A vila onde eu morava foi atacada.

Akemi: - O quê? Não Akira, você não pode tá falando sério.

Akira: - Acredite, é a mais pura verdade. E infelizmente, eu... fui o único sobrevivente.

Akemi: - Não. Não é possível.

Júpiter: - Que terrível. Akemi, eu sinto muito. Imagino como deve está se sentindo. Perder os pais é uma dor horrível. Acreditem, eu passei por isso e foi... devastador. Mas vocês ainda tem um ao outro.

Akira: - Será que eu poderia ficar aqui?

Akemi: - Bezalel vai pagar caro por isso.

Akira: - Calma minha irmã. Eu juro pela luz mais brilhante que há no sol que a morte dos nossos pais não vai ficar impune.

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Narrador (a): Jilaya

O lago negro estava mesmo uma delícia. Nadar lá é um dos poucos prazeres que eu tenho na minha vida desde que... enfim, que aquele desgraçado matou toda a minha família e me trouxe pra cá. Se eu não tivesse manifestado interesse no sacerdócio, muito provavelmente eu teria sido forçada a me deitar com ele. E isso eu não suportaria. Quando voltei para o templo, soube que o nosso deus supremo atacou outro vilarejo e um dos nossos sacerdotes trouxe uma garotinha pra cá. Resolvi me aproximar dela, afinal eu passei por uma situação semelhante e posso ensinar alguns truques para que ela sobreviva por aqui.

Jilaya: - Então você é a garota que trouxeram pra cá.

Yanar: - É. Sou eu.

Jilaya: - Eu posso te ajudar.

Yanar: - Me ajudar como e ajudar no quê? Vocês não tem coração.

Jilaya: - Eu passei por uma situação semelhante quando mais jovem.

Yanar: - É sério?

Jilaya: - É. Me deixa te ajudar. O meu nome é Jilaya. E você, qual é o seu nome?

Yanar: - Yanar. Você é sacerdotisa.

Jilaya: - Sim. Eu sou a terceira no comando. Não precisa ter medo de mim. Eu não vou te machucar.

Yanar: - Quem foi que destruiu a sua vila?

Jilaya: - Deimos.

Yanar: - Ele também destruiu a minha vila.

Jilaya: - Eu ainda vou dá nele um troco muito bem dado. Fica tranquila.

Yanar: - Eu quero ser uma sacerdotisa também, que nem você.

Jilaya: - É uma boa escolha. Assim, você pode ficar perto de mim e eu posso proteger você.

Yanar: - Ótimo. Mas... o que nós vamos fazer?

Jilaya: - Por enquanto, vamos esperar o momento certo. Combinado?

Yanar: - Combinado.

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Narrador (a): Dandara

Quando a Lu me contou sobre as chacinas, eu fiquei chocada. Gente, esse tal de Bezalel é mesmo um monstro. Mas se ele pensa que eu e os meus amigos vamos deixar ele e a corja dele destruir o nosso mundo pra fundar um reino inteiro das trevas, ele tá é muito enganado. Na ida pra casa, eu recebi uma mensagem do Bryan pra ir lá na casa do Lucas. Eu fui direto pra lá, já que pra ir direto pra floresta onde ele mora com os pais e os irmãos é obrigatório passar pela casa da Lu. Quando eu cheguei lá, o Lucas ficou aliviado. Parecia que tava era só me esperando pra começar a reunião.

Dandara: - Eu soube do que houve. A Lu me contou.

Lucas: - Eu fico feliz que você, o Bryan, a Luana e o Aquiles já estejam a par de tudo.

Bryan: - A gente não pode deixar que essa onda de mortes continue acontecendo.

Luana: - O Bryan tá certo.

Dandara: - Se nós fomos parar pra pensar, o Bezalel e os cupinchas deles tão articulando os ataques.

Aquiles: - Você tá certa. É como se ele quisesse fazer alguma distração.

Lucas: - Eu não se vocês souberam, mas um dos sacerdotes da lua está doente.

Dandara: - Eu já tô a par disso também. Se ele tá fazendo isso de propósito, é porque ele tá atrás de alguma coisa.

Luana: - É. Pensando por esse ângulo, faz sentido.

Aquiles: - E seja lá o que for que ele tá buscando, deve ser algo bem valioso.

Bryan: - E foi por isso que você chamou a gente aqui Lucas?

Lucas: - Foi Bryan. Eu quero propor que a gente forme um grupo de guerreiros que ajude os sacerdotes e as sacerdotisas a protegerem o que nós temos de mais precioso.

Dandara: - Se for pra derrotar o Bezalel, eu topo tudo. Conta comigo.

Aquiles: - E comigo também.

Luana: - Eu também quero entrar nessa luta.

Bryan: - Eu também concordo com a ideia sem pensar duas vezes.

Lucas: - Ótimo. Então o grupo dos guerreiros do sol está formado.

Continua...

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