Sol e Lua

Capítulo 37.

Narrador (a): Lissa

Minha mãe havia me chamado para uma missão junto com o Jason. Ela quer que nós dois nos livremos da senhorita Aibek. Pensa que com isso, o caminho ficará todo livre pra ela. O Jason recuou na hora quando escutou a proposta, muito provavelmente porque o meu irmão deve ter ameaçado ele. Pode ser que essa ameaça também valha para mim, mas eu conheço bem o irmão que eu tenho. As vezes o Deimos fala da boca pra fora. Mas pode ser que... dessa vez, ele esteja realmente falando sério. Ainda mais porque eu já relatei à mamãe as intenções dele de matar o primogênito dos Ravi.

Mara: - Confusa, irmã?

Lissa: - Talvez.

Mara: - Matar ela não vai fazer com que o rapaz se torne um dos amantes da nossa mãe.

Lissa: - Quem sabe talvez, ela se aproveite da fragilidade emocional dele.

Mara: - Você está hesitando por causa dele não é?

Lissa: - Do Lucas? Mara, francamente.

Mara: - Pensei que você gostasse dele.

Lissa: - O Lucas é bonitinho, me diverte. Mas não passa disso.

Mara: - Não é o que o seu olhar diz.

Lissa: - Vá destilar o seu veneno em outro lugar.

Mara: - Está bem. Eu vou. Mas eu acho bom você pensar bem no que vai fazer, irmãzinha.

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Narrador (a): Jericó

Eu estava terminando de acender as luminárias do templo quando vi alguém se aproximar. Para a minha surpresa, era o Urano, que aparentemente, estava bêbado ou então engoliu alguma erva alucinógena porque ele tinha me pedido uns instrumentos emprestados. Pra minha sorte, a Livana apareceu e a gente conseguiu levar ele de volta pro templo do sol. Uma parte de mim ficou com pena dele. Ele tomou a maior bronca do segundo sacerdote. Se bem que ele tava tão delirante que nem deve ter se tocado.

Livana: - Acho que a comemoração pela vitória que nós tivemos deixou ele bem empolgado.

Jericó: - É. Deve ser isso ou então ele tá apaixonado.

Livana: - Será?

Jericó: - Claro. Faz tempo que ele tá arrastando asa pra Akemi.

Livana: - Até que eles formam um casal bonitinho.

Jericó: - Só que eu acho que ela não tá muito interessada num relacionamento, ao menos não agora.

Livana: - Eu sei. Ela e o irmão passaram por muita coisa. Incluindo a perda dos pais e a destruição da casa deles.

Jericó: - Mas eu acho que eles não deviam deixar a guerra impedir eles de viverem.

Livana: - Eu também sou da mesma opinião.

Jericó: - Você está interessada em alguém?

Livana: - Eu? Claro que não. Quem é que ia se interessar por uma pessoa tão desleixada quanto eu?

Jericó: - Cada um tem suas qualidades e seus defeitos, Livana.

Livana: - Obrigada. Eu fico feliz que pense assim.

Jericó: - E talvez, tenha alguém que realmente goste de você.

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Narrador (a): Akira

Akemi e eu passamos a noite toda vigiando o Urano. Apesar de que ela ficou super incomodada porque ele não parava de ficar falando dela. Eu confesso que até senti um pouquinho de ciúmes, afinal a Akemi é a única família que me restou nesse mundo. Mas eu sei que ela tem todo o direito de ser feliz e não vai ser eu e uma guerra que pode impedir isso. Mas uma parte de mim ficou se acabando de rir. A Akemi tava mais vermelha do que um tomate ouvindo o Urano encher ela de elogios.

Akemi: - Até que enfim ele dormiu.

Akira: - Calma minha irmã.

Akemi: - Você sabe como eu fico quando alguém me elogia.

Akira: - Fica ainda mais fofa do que já é.

Akemi: - Para com isso Akira.

Akira: - Tá bom, tá bom. Não tá mais aqui quem falou.

Akemi: - Mas eu não nego que eu gostei.

Akira: - Tenta dá uma chance pra ele.

Akemi: - Nós estamos numa guerra.

Akira: - E isso é motivo pra reprimir os seus sentimentos?

Akemi: - Não.

Akira: - Só... tenta aceitar o que ele tem pra te oferecer.

Akemi: - Eu vou tentar meu irmão. Eu vou tentar.

Continua...