Sol e Lua

Capítulo 02.

Narrador (a): Apolo

Meu nome é Apolo Ravi. Sou o primogênito de meus pais e estou sendo preparado para assumir o posto de guardião do templo do sol. É uma tarefa da qual eu tenho muito orgulho e espero cumprir com êxito. Mas apesar de ser um homem disciplinado, não sou do tipo que abaixa a cabeça pra tudo. Nesse momento, eu e meus irmãos, Abner e Lucas, estamos passando por perto da loja da família Aibek. Eles vendem pedras da lua com várias propriedades específicas. Minha família também tem um negócio parecido. Estava tudo bem, até que... umas nuvens negras apareceram e começaram a atacar. Lucas, meu irmão mais novo, não pensou duas vezes antes de usar seus poderes para salvar as pessoas, mesmo eu advertindo que... isso seria imprudente.

Hélio: - Até que enfim retornaram. Sua mãe e eu estávamos preocupados com vocês.

Abner: - Tivemos um pequeno imprevisto meu pai.

Aurora: - Imprevisto?

Lucas: - Parece que os deuses das trevas tiveram a petulância de atacar os mortais. De novo.

Apolo: - Lucas, por favor, não comece.

Hélio: - Lucas, você usou os seus poderes?

Apolo: - Está vendo? Eu avisei pra que você não os usasse.

Lucas: - Pessoas inocentes teriam morrido! É isso que queria que tivesse acontecido?

Abner: - Por favor, parem de brigar.

Aurora: - O irmão de vocês está certo. O que está feito está feito.

Apolo: - Mas...

Hélio: - Apolo, seu irmão foi imprudente. Mas o que ele fez não deixa de ser um ato nobre.

Lucas: - Não pense que por ser o mais velho, tem o direito de me dá ordens. Apolo, muitas vezes, uma regra tem que ser quebrada.

Apolo: - Você também tem muito o que aprender.

Lucas é o meu irmão mais rebelde. Apesar disso, ele usa essa rebeldia toda como forma de enfrentar os deuses das sombras. Como Lilith, Bezalel e outros mais. Alguns amigos dele sabem do segredo da nossa família e nos ajudam a protegê-lo. O Abner é o irmão mais tímido. Trabalha fazendo poemas para o templo do sol. Mas ele também é um excelente guerreiro. E é um ótimo conselheiro também. Sempre intervém nas minhas brigas com o Lucas, isso quando ele passa do limite, o que é algo raro.

Abner: - Já é o segundo ataque essa semana.

Apolo: - Eu sei.

Lucas: - Será que a família Aibek está sabendo disso?

Hélio: - É provável que não.

Aurora: - Mas deviam está.

Lucas: - Eu sempre ouvi dizer que o Bezalel e a mulher dele não tinham limites.

Apolo: - Mas daí a atacar o mundo dos mortais...

Abner: - Acha que... eles se importam?

Hélio: - Eles nunca fazem questão de ser discretos.

Aurora: - Tem razão meu marido.

Apolo: - Quer que eu escreva uma mensagem ao sacerdote Mercúrio para que ele entregue ao sacerdote Chandra?

Hélio: - Faça isso.

Eu peguei um pergaminho e escrevi nele com tinta dourada. Assim que eu terminei de escrever a mensagem, a amarrei em um facão amarelo. Nunca fui o tipo de pessoa intuitiva mas... estou com a impressão de que uma guerra está por vir. E ela vai ser bem sangrenta.

Continua...