Capítulo 42.

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Narrador (a): Apolo

Lucas chegou em casa com uma cara completamente tensa. Disse que precisava comigo a sós. Eu estranhei, perguntei o que tinha acontecido e ele me disse algo que eu nem sequer queria ouvir: a Lucine tinha sido levada para o reino das sombras. E ao que tudo indicava, o mandante era o príncipe Deimos. Na hora, eu fiquei completamente chocado e depois a primeira coisa que eu quis fazer foi ir até lá. Lucas me parou na hora e por muito pouco, eu não o ataquei.

Apolo: - Lucas, me deixa sair daqui!

Lucas: - Não. Você tá muito alterado.

Apolo: - Como você quer que eu me acalme? A minha mulher tá nas mãos de um fascínora!

Lucas: - Eu sei. Eu sei. Mas se você for pra lá completamente desprevenido, será morto.

Apolo - Você tem razão. Mas eu não posso...

Lucas: - Calma. O Arcturo já mandou o irmão dele pra lá. Se a Lucine tiver numa prisão do templo, ele vai dizer pra gente.

Apolo: - Será?

Lucas: - Nós não temos outra opção a não ser confiar nele.

Apolo: - Eu não vou aguentar ficar aqui parado.

Lucas: - Você confiar em mim, não confia?

Apolo: - Claro que eu confio, você é meu irmão.

Lucas: - Então me escuta. Eu e os outros guerreiros do sol vamos dá um jeito de tirar a Lucine daquele lugar.

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Narrador (a): Medusa

Eu estava andando pelos corredores do templo quando ouvi uma melodia e resolvi descobrir quem estava cantando. Acabei indo para a cela da senhorita Aibek e vi ela fazendo uma prece à lua. Tenho que reconhecer: ela pode não ser sacerdotisa, mas conhece bem os costumes de um templo. Talvez ela tenha ficado em um por um tempo. Mas eu também admito que fiquei com pena dela. Ninguém merece ser privado de sua liberdade. E disso, eu entendo bem.

Medusa: - Interrompi algo?

Lucine: - Não.

Medusa: - Que bom. Nunca tinha visto alguém fazer uma prece à lua.

Lucine: - Eu morei num templo durante alguns meses.

Medusa: - Que falta de educação, nem me apresentei. O meu nome é Medusa.

Lucine: - Acho que você sabe quem eu sou.

Medusa: - Sei. É a moça por quem o príncipe Deimos está apaixonado.

Lucine: - Eu tentei fugir.

Medusa: - Eu sei. E também sei que a rainha Lilith já tentou te matar pra ficar com o seu noivo.

Lucine: - Você fala como se tivesse passado por uma situação semelhante.

Medusa: - Acredite, foi pior. Mas o meu passado é meio longo para contar tudo pra você num só dia.

Lucine: - Pensei que as pessoas do reino das trevas...

Medusa: - Nem todos aqui são frios e sem coração. Mas às vezes, alguns se deixam levar pela amargura.

Lucine: - Entendo.

Medusa: - Saiba que tem em mim uma aliada.

Lucine: - Obrigada pela... ajuda.

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Narrador (a): Luan

O Hélio e a família vieram na minha casa para nos dá apoio. Eles disseram que o filho deles também está desolado com o que houve. E também não é pra menos. Eu sei que ele e a Lucine estavam tendo um romance, mas eu não imaginava que as coisas estivessem tão sérias assim entre eles. À noite, notei que a minha mulher não estava no quarto e fui atrás dela. Encontrei-a chorando completamente arrasada no quarto da nossa filha. Eu me aproximei dela e a consolei.

Luan: - Não fica assim Luna.

Luna: - Como você quer que eu fique?

Luan: - Eu também estou sofrendo. É minha filha também.

Luna: - Eu estou com muito medo, Luan. Bezalel e seus súditos são pessoas horríveis.

Luan: - E você acha que eu não sei disso?

Luna: - Me desculpa, meu amor.

Luan: - Luna, confia na nossa filha. A Lucine é uma guerreira, é uma jovem forte. Ela vai conseguir sair dessa situação.

Luna: - Você tem certeza disso?

Luan: - Tenho. E você também deveria ter. Confia.

Luna: - Eu vou confiar com todas as forças do meu coração de mãe. Não vai ser fácil, mas eu vou confiar.

Continua...

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