Capítulo 20.

9 2 0
                                    

Narrador (a): Chantrea

Estava na minha câmara redirecionando as luzes da lua. Foi quando eu senti um vento rondando o templo. Estranhei, pois nunca venta por aqui, ainda mais quando está perto da lua nova. Fui correndo até a entrada do templo e vi alguém tentando abrir os lacres. Lancei um raio lunar sobre o tal vento, que logo tomou forma humana. Logo de cara, reconheci quem era. Pazuzu, um dos soldados de Bezalel. Nós dois lutamos e eu fiz um sino para alertar todos. Pazuzu foi embora assim que os outros chegaram.

Ayla: - Você está bem minha querida?

Chantrea: - Estou sim mestra Ayla. Não se preocupe.

Chandra: - Minha filha, devia tomar mais cuidado.

Chantrea: - Eu sei pai.

Ayla: - O que Pazuzu queria?

Chantrea: - Eu não sei.

Chandra: - Deve ter tentado abrir os lacres, mas se eu encontro esse sujeitinho...

Chantrea: - Pai, o senhor quase morreu por conta de uma artimanha do Bezalel.

Ayla: - É melhor escutar sua filha, primeiro sacerdote.

Chantrea: - Por favor.

Chandra: - Está bem filha. Por você, eu não vou fazer nada precipitado.

Chantrea: - Obrigada meu pai.

**********************************************************************************************************************************

Narrador (a): Helena

Já faz vários dias que eu estou trancada em minha câmara. Estou desesperada, querendo sair daqui, ir ao jardim, respirar um ar que seja. Estava tão perdida em pensamentos que nem percebi que a Solange tinha entrado. Ela se aproximou e balançou a cabeça.

Solange: - Espero que esteja refletindo sobre a besteira que fez.

Helena: - Não é besteira amar ninguém.

Solange: - Mas é besteira ser ingênua.

Helena: - Como que eu podia imaginar que...

Solange: - Você realmente não aprendeu nada?

Helena: - Ele me envolveu. Eu não tinha como...

Solange: - Porque você sempre foi muito romântica.

Helena: - Isso não é pecado.

Solange: - Eu espero que o tempo que você irá passar aqui a faça refletir.

**********************************************************************************************************************************

Narrador (a): Freya

Estava tendo uma conversa com Ravena. É tão bom conversar com ela. É como conversar com a minha querida irmã, que infelizmente não se encontra mais entre nós. Mas aquela desgraçada ainda me paga. Parece que ela está de olho no primogênito dos Ravi. Não que Bezalel seja o mais fiel dos maridos, afinal foi o caso dele com a minha irmã que fez aquela víbora matá-la. Mas ela ainda vai ter o que merece. Ela que me aguarde. Eu vou ter a minha vingança.

Hadria: - O que está fazendo mamãe?

Freya: - Um pequeno castigo para Samara.

Hadria: - Ah, aquela insolente.

Freya: - É. Por isso pedi Ravena emprestada. Ela vai ser muito útil.

Hadria: - Isso com certeza. Ela está precisando de uma lição.

Freya: - E como.

Hadria: - Poção torturante?

Freya: - Exatamente.

Hadria: - Mamãe, a senhora é mesmo excelente.

Continua...

Sol e LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora