Sol e Lua

Capítulo 13.

Narrador (a): Arcturo

Recebi uma mensagem do segundo sacerdote. Eu estranhei, pois pensei que estivesse tudo bem. Quando abri a mensagem para ler o que estava escrito, fiquei em choque. Não pensei duas vezes e pedi que Castor, um dos meus companheiros, que preparassem a minha ursa branca e a montaria dele, da Merope e da Maia para irmos ao templo da lua. Assim que chegamos lá, encontramos tudo num perfeito caos. O primeiro sacerdote estava acamado e o segundo e o terceiro estão indo e voltando do templo da lua pro templo do sol.

Merope: - Pelas estrelas do céu, a situação é bem pior do que nós imaginávamos.

Arcturo: - O que o primeiro sacerdote tem?

Chantrea: - Ao que tudo indica, uma febre da lua.

Arcturo: - Mas pelo que eu e os meus subordinados estamos vendo, os sintomas dele não são de febre da lua.

Aylin: - Não é uma febre da lua comum. Ela foi induzida através de uma mistura.

Arcturo: - Uma mistura?

Merope: - E pelo visto, foi mistura de pó da lua com pó negro.

Arcturo: - Mas o pó negro só tem no...

Merope: - Algum sacerdote das trevas deve ter se disfarçado e pegado pó da lua aqui no templo.

Arcturo: - É a única explicação.

Aylin: - Minha irmã e eu estamos sem saber o que fazer. E os sacerdotes também.

Arcturo: - Não se preocupe. Os guerreiros da lua estão aqui e não vão deixar que nada de mal aconteça.

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Narrador (a): Vênus

Já procurei a Helena em tudo quanto é canto e nada. E como se não bastasse, ainda tive que dá as minhas condolências à Akemi e ao irmão dela. Não que isso tenha me irritado. Afinal eu tenho um carinho enorme pela Akemi, ela é uma das minhas melhores sacerdotisas. E ainda por cima, eu era muito amiga dos pais dela. Eu praticamente vi ela e o irmão crescerem. Seria indelicado de minha parte não dá apoio à ela. Eu já estava pra desistir de procurar a Helena, quando a Solange apareceu com a Helena. Ao menos eu fui poupada de dá uma bronca nela. A Solange é alegre, mas quando quer, é brava.

Akemi: - Aqui está mestra.

Vênus: - Muito obrigada minha querida.

Akemi: - Não é melhor a senhora descansar? Já teve trabalho demais por hoje.

Vênus: - Você também.

Akemi: - E a Helena?

Vênus: - Já foi encontrada. Estava com um homem.

Akemi: - Ela é muito ingênua mesmo.

Vênus: - É.

Akemi: - Mas amanhã, a senhora pode conversar com ela com mais calma. Hoje foi um dia cheio.

Vênus: - Eu fiquei sabendo que o Urano agora ganhou um aprendiz.

Akemi: - Coitado. Pelo que eu vi, o garoto é uma peste.

Vênus: - Qual é o nome dele?

Akemi: - Plutão.

Vênus: - Como dizem os antigos: o destino é um verdadeiro mestre.

Akemi: - Isso é verdade.

Vênus: - Não se preocupe. Você e o Akira não ficarão desamparados.

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Narrador (a): Hannibal

Foi quase. Quase que o Amon conseguiu saber a localização exata das flores. Essa amiga da tal sacerdotisa chegou bem na hora e acabou com tudo. É o que eu sempre digo: se você quer agir, então é bom que seja com prudência. Os mortais são um poço de burrice, mas quando querem, são um poço de esperteza. Sei que o meu soberano andou promovendo esses ataques com o objetivo de mostrar a que veio, mas as famílias Aibek e Ravi são espertas e na certa, já devem está montando alguma defesa.

Leviathan: - Senhor, desculpe interromper os seus... pensamentos.

Hannibal: - O que foi agora?

Leviathan: - A mistura feita para dá ao primeiro sacerdote sumiu.

Hannibal: - O quê!? Como sumiu!?

Leviathan: - Eu não sei, mas ela desapareceu misteriosamente.

Hannibal: - Isso deve ter sido obra de alguém do templo do sol ou da lua.

Leviathan: - Certamente foi.

Hannibal: - Eu avisei que uma hora ou outra, isso ia acabar acontecendo.

Leviathan: - Devo avisar ao...

Hannibal: - Não. Deixe que ele descubra por conta própria.

Leviathan: - Mas...

Hannibal: - Não discuta comigo. Sabe do que sou capaz.

Leviathan: - Sim senhor. Não contarei nada.

Hannibal: - Ótimo.

Continua...