Capítulo 45.

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Narrador (a): Abner

Pobre do meu irmão. Está sofrendo muito com o sumiço da Lucine. O Lucas, os meus pais e eu fazemos o que podemos pra ajudar, mas... não adianta. O Apolo está praticamente entrando num estado de depressão. Eu não sei mais o que fazer. Sinceramente, eu não sei. E é nesses momentos que eu me sinto a mais impotente das criaturas.

Betânia: - O que foi?

Abner: - Nada. Eu só me sinto mal. Só isso.

Betânia: - Desculpe. Não queria incomodar. Com licença.

Abner: - Não. Espera. Me desculpa. Eu não devia ter sido grosso com você.

Betânia: - Eu acho que tem algo que você pode fazer.

Abner: - Como assim?

Betânia: - Tem uma prisão bem secreta, praticamente escondida no templo. Talvez a Lucine esteja lá.

Abner: - Obrigado. Muito obrigado.

Betânia: - Não precisa agradecer. Eu só estou cumprindo com o meu dever.

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Narrador (a): Mara

Lissa voltou ao reino das sombras bem diferente. Acho que o tal Lucas deve ter conseguido amansar a fera. Bom, não que eu me importe com o que a minha irmã mais velha faça ou deixa de fazer. Mas nesse caso em específico, eu estou bem interessada porque o poder de raiva diminuiu consideravelmente.

Lissa: - O que foi?

Mara: - Nada.

Lissa: - Eu te conheço. O que você quer?

Mara: - Conversar. Mas dessa vez, como irmãs de verdade.

Lissa: - O que a personificação da amargura quer conversar com a personificação da raiva?

Mara: - Sobre assuntos amorosos.

Lissa: - Mara, eu não sou mais a mesma. Eu estou bem arrependida por tudo que eu fiz.

Mara: - Deu pra notar. Bom, você brincou com todos os homens, até com o Amon.

Lissa: - Eu sei. E pode ser que talvez ele nunca me perdoe por isso.

Mara: - Ele te perdoou. Nós dois... estamos juntos.

Lissa: - Ótimo.

Mara: - Você está pensando em fugir?

Lissa: - Estou.

Mara: - Eu e o Amon também. Mas e a Lucine?

Lissa: - Eu vou tentar achar onde ela está presa.

Mara: - Ótimo. Se é assim, eu vou te ajudar. E depois disso, vamos recomeçar do zero.

Lissa: - Obrigada Mara. Muito obrigada.

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Narrador (a): Lucine

Ficar nessa cela é um tormento constante. Deimos vem me visitar todos os dias, e na última visita, disse que o nosso casamento estava marcado. Eu não aparentei, mas fiquei em desespero total quando ele disse isso. Principalmente porque... eu tenho me sentido diferente. Mas o pior nem é isso, e sim as visitas daquela desgraçada da rainha Lilith só pra me provocar dizendo que mais dia ou menos dia, o Apolo vai ceder aos encantos dela.

Samara: - Como se sente?

Lucine: - Péssima.

Samara: - Bom saber.

Lucine: - Por quê?

Samara: - Acredite, eu sofro tanto quanto você. Mas agora... estou sofrendo mais ainda.

Lucine: - Imagino.

Samara: - Vão dá um jeito de tirar daqui.

Lucine: - Quando?

Samara: - No dia do seu casamento. Eu só vim te dá o recado.

Lucine: - Por que está me ajudando?

Samara: - Porque eu quero me vingar. Mesmo que pra isso, eu tenha que me aliar com os meus aliados.

Lucine: - De qualquer forma, obrigada.

Samara: - Apenas fique atenta. Quando o momento chegar, você estará livre.

Lucine: - Ficarei alerta. Não se preocupe.

Continua...

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