Último capítulo.
Por Isabel.
Estávamos todos na rocinha há mais de 1 semana. O tavinho doou sangue mais 2 vezes e eu doei outras, porque sou O- também. O André não conseguia relaxar nem por um instante e visitamos o Pedro sempre que possível, por causa dos antecedentes de todo mundo. Eu já estava exausta de dividir minha vida entre hospital, cuidar da empresa, cuidar do André e ajudar o Otávio a cuidar de todos. A Sol e o André viram nosso casal base e com essa situação eu o tavinho assumimos essa responsabilidade.
Era a hora de ir pra casa. Fechei o notebook e meu celular vibrou no bolso da calça, era o Tavinho.
Ligação on.
Tavinho: Oi, morena! A Sol foi transferida para o quarto e a situação dela está estável. Tem como passar no hospital pra ver tudo? Eu estou aqui resolvendo a contabilidade das armas e munições- ouvi vozes ao fundo.
Isabel: Ok, amor. Quando sair de lá aviso como ela está. Te amo.
Tavinho: Te amo, morena.
Ligação off.
Dei um beijo na Márcia minha secretária e segui pro estacionamento da empresa, eu comprei a Mercedes do Tavinho e passei no xerecard. Entrei no carro e dirigi igual uma doida até o hospital, eu amo demais velocidade. Estacionei ao lado da entrada do hospital e peguei minha bolsa pra entrar quando eu vi um menino lindo que deveria ter uns 6 meses de idade jogado na porta do hospital. Ele tinha cabelos loiros, olhos escuros e uma pele branquinha igual neve. Sabe aquele momento que você tem um encontro de alma com alguém? Eu senti exatamente isso. Caminhei com calma até ele pra não assustar a criança e ele sair correndo.
Isabel: Oi, lindo- peguei na mãozinha dele e ele sorriu.
Menino: bububu- brincou com a saliva e eu ri.
Isabel: Vamos procurar sua mãe?- ele me olhou e sorriu de novo.
Eu peguei ele no colo e caminhei até o segurança.
Isabel: Bom dia, o senhor sabe quem deixou essa criança aqui?- apontei pro bebê no meu colo.
Segurança: Uma mulher do cabelo preto que ia até a cintura. Ela largou ele e foi embora- deu de ombros.
Eu fui com o bebê até a lanchonete procurar algo pra ele comer. Sentei em um banquinho e coloquei ele no meu colo. Pedi um suco de goiaba pra mim e uma papinha de banana pra ele. Peguei meu telefone e liguei pro Tavinho.
Ligação on.
Isabel: Amor, achei nosso filho e eu preciso levar ele pra nossa casa- falei chorando olhando para o bebê no meu colo.
Tavinho: O que, amor?- perguntou surpreso.
Isabel: Eu estava entrando no hospital quando vi um bebê na calçada e eu tenho certeza que quero adotar ele- falei chorando mais ainda.
Tavinho: Eu estou colando no hospital. Segura esse menino que quero ver ele- falou rápido e desligou.
Ligação off.
Comecei a dar a papinha pro baby e depois que ele comeu tudinho fui visitar a sol. Mandei mensagem pro Tavinho que estava indo pro quarto dela. O baby estava no meu colo assim que entramos ela olhou estranhando.
Sol: Eu dormir por meses e esse é o Pedro?- perguntou com a voz baixa.
Isabel: Não, baby. Esse é um bebê que eu encontrei jogado na porta do hospital e estou convencendo o Tavinho a levarmos pra casa.
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Vidigal
RomanceE se o cara pelo qual você se apaixonou aos seus 15 fosse encontrado aos beijos com a sua melhor amiga? Acho que você não superaria bem a história, mas e se vocês se reencontrassem sem saberem que vocês eram vocês? Meio louco, né? Mas isso aconteceu...