Capítulo 66

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Por André🍁

Abro os olhos e procuro a Sol na cama, todos os dias faço isso na esperança de encontrar ela perto de mim. Encaro e teto e tudo que eu quero é chorar.

Levanto da cama e ando até o banheiro. Tomo um banho rápido e penso em ir ver minha prima, a Ágatha, me deu saudades dela, sei em que faculdade ela está estudando.

Saio do banheiro e visto uma bermuda jeans clara e uma blusa preta da Adidas, calço meu tênis da mesma marca. Passo perfume e tudo mais que é necessário para parecer arrumadinho pelo menos, ninguém merece me ver horrível.

Desço as escadas e pego a chave da minha BMW, e vou até a garagem, pego a minha Z4, dirijo com calma escutando Racionais. Chego na faculdade procuro uma vaga, acabei achando uma na praia um pouco distante da faculdade, mas ok. Ando calmamente para a faculdade decorando o que eu vou falar pra ela. Paro na entrada da faculdade e vou até a secretária.

Batman: Bom dia. Será que a senhora pode me informar em qual sala está a aluna Ágatha Morais?

Senhora: Sem tanta formalidade pode chamar de Márcia- ela sorri.

Batman: Mas então Márcia, onde está minha prima?

Márcia: As aulas ainda não começaram, mas vou olhar aqui em que sala ela vai está.

Ela começa a digitar alguma coisa naquele computador. Depois de alguns minutos ela levanta o olhar. Ela sorri.

Márcia: Sua prima faz direito, ela estará na sala d3, pode esperar lá ou procurar ela pelo campus, boa sorte.

Batman: Obrigada, Márcia. Ajudou muito.

Saio da secretária e resolvo procurar ela pelo campus. Caminho até uma espécie de pátio. Vejo uma menina com um cabelo enorme e penso que é minha prima, ando mais rápido até ela.

Batman: Ágatha?- pergunto meio receoso.

Assim que a garota se vira vejo que é a Ágatha. Tem uma menina loira do lado dela e outra morena.

Ágatha: Oi- ela sorri e me abraça.

Batman: Oi meninas- sorrio e aceno.

Luísa: Oi- sorriu

Isabel: Fala tu- me encarou de cima a baixo.

Eu conheço essa morena de algum lugar. Puxo na memória, mas não consigo lembrar.

Ágatha: A que devo a honra da sua visita?- pergunta com a mão na cintura.

Batman: Preciso conversar com alguém, antes que eu surte- ela sorri e me puxa pra sentar.

Isabel: Vou indo pra sala, vamo badaga?- pergunta pra loira.

Luísa: Vamo sim. Beijo, beijo crianças- manda beijo no ar e saí junto com a morena.

Ágatha: Pode falar- segura minha mão. 

Batman: Gatinha, eu fiz tanta merda- as lágrimas começam a descer. 

Ágatha: Vamos por partes, ok?- fez carinho no meu rosto. 

Batman: Eu tinha uma namorada e ela é perfeita. Estávamos morando juntos e tudo, queria casar com ela e tals, mas eu simplesmente bati nela, não foi uma vez- passo as mãos no cabelo lembrando do rosto dela transtornado depois da surra.  

Ágatha: Você quer que eu te bata agora ou só depois?- revirou os olhos como fazia desde pequena. 

Batman: Eu preferia levar uma porrada do que perder ela, gatinha- voltei a chorar.

Ágatha: Vamos sair daqui, dedé- segurou minha mão e me levou pra longe daquele lugar. 

Fomos andando pelo calçadão e minhas lágrimas não paravam de cair. Ao longe avistei a minha loira, ela continua linda como um anjo, meu anjo. Fiquei paralisado olhando para ela ao longe. A barriga dela ainda estava sem volume algum e eu me perguntava se algum dia poderia tocar no meu filho ali guardadinho no ventre da mulher que mais amo no mundo. Quando ela me enxerga e vê minhas lágrimas sinto que ela desmonta a barreira dentro dela. Ignoro tudo e corro até ela. 

Batman: Meu sol- ajoelho aos pés dela. 

Sol: Oi, André! Como você está?- sorri fraco. 

Batman: Volta pra mim, minha arlequina- as lágrimas escorrem. 

Sol: André, levanta daí- ela volta a ficar fria. 

Batman: Sol, eu não consigo viver sem você. Não sei viver sabendo que tu e meu filho estão longe de mim. Quero ver seus olhos brilhando enquanto acorda, seus enjoos matinais, seus desejos de grávida, quero seus estresses diários, suas brigas porque esqueci a toalha na cama ou porque eu não paro de jogar vídeo game. Meu amor, aquela casa sem tu não faz sentido. Volta pra mim! Prometo que nada daquilo vai voltar a acontecer, se eu te bater tu pode me matar- toco o rosto dela. 

Ágatha: ANDRÉ, AMOR, PARA DE CORRER- chegou ofegante. 

Sol: Sério, André? Faz 2 semanas que saí e tu já tá com piranha e ainda faz essa ceninha ridícula?- me deu um tapa na cara. 

Ágatha: Ou sua louca, eu sou prima dele- revirou os olhos. 

Sol: Deus fez os primos pra gente não pegar os irmãos e do jeito que tu é puta coitado do davizinho- olhou a Ágatha de cima a baixo. 

Ágatha: André se essa doida falar isso mais uma vez eu vou deitar ela na porrada. 

Batman: Solange, essa é minha prima Ágatha e tu sabe bem, então para de show. E gatinha essa é a minha dama a Sol. 

Sol: Desculpa, Ágatha! Com essa gravidez eu estou mais intensa que o normal e aconteceram muitas coisas depois daquela nossa briga. Mas desculpa mesmo- ela abaixou a cabeça.

Ágatha: Tudo bem, sol- estendeu a mão pra ela que logo apertou. 

Batman: E então estou perdoado?- fiz cara de cachorro abandonado. 

Sol: Está, mas tenho que falar com o Grego e a Lua.

Batman: Vou deixar a Ágatha na faculdade e a gente desce pra NH. 

Ágatha: NH? O miojo tá lá?

Sol: Até a hora que eu saí tava. 

Batman: Bora lá no teu macho. 

Subimos pra faculdade da Ágatha enquanto ela e Sol discutiam sobre a gravidez e nomes, nem parece que há 3 semanas atrás estavam se matando no Alemão. Meu sorriso nem cabia no meu rosto ao ver a minha princesa caminhando do meu lado, enfrentaria até o inferno pra defender ela. Pegamos o carro e descemos pra NH. 

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