Capitulo 39

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Por Gustavo💥

Sento na cama no susto. Tive um pesadelo horrível com a Isabel. Nesse pesadelo eu batia e tentava estuprar ela.

Passo a mão do meu lado na cama e não a encontro. Levanto e vou até o banheiro. Abro a porta e não encontro ela. O desespero começa a bater. Abro a porta do quarto e desço as escadas de 3 em 3 degraus. Meu pai, minha mãe e Felipe estavam sentados tomando café.

Coringa: Alguém viu a dona encrenca?- pergunto desesperado.

Menor: Tu não lembra de nada?- pergunta surpreso.

Coringa: Não. Eu tive um sonho horrível. Quero ver ela.

Helena: Filho senta- aponta pra cadeira e eu nego.

Coringa: Ela foi pra casa? Eu tô indo lá- viro pra sair.

Menor: Gustavo, senta.

Coringa: Eu preciso ver ela, menor. Da um tempo- falo sério e ele continua me encarando.

Menor: Tu não teve um sonho.

Coringa: Agora pronto, vai me dizer que eu bati nela- gargalho e menor continua sério.

Menor: Gustavo, preciso que tu fique calmo.

Coringa: E eu preciso ver a Isabel- coloco a mão no quadril e ele levanta.

Menor: Você bateu na Isabel. Ela foi pro hospital com o Otávio.

Coringa: Menor, você é muito ruim de mentir. Nem tenta- bato na cabeça dele e saio da cozinha.

Helena: GUSTAVO, VEM AQUI AGORA- minha mãe grita e eu volto.

Coringa: Gente, eu só vou dar um beijo nela e volto. Relaxa- beijo a bochecha da minha mãe.

Cobra: Gustavo, não é brincadeira. A guria tá no hospital. Você espancou ela- fala sério.

Meu mundo desabou. Meu coração parou e voltou a bater 10x mais rápido. Aquilo só podia ser uma brincadeira. Sim, eu traía ela e tudo. Mas bater, não. Sempre considerei violência contra a mulher algo horrível. Parecia que tudo tinha parado. Eu não conseguia respirar. Aquilo era demais pra mim.

Cobra: Gustavo- meu pai me chacoalha.

Coringa: Fala que é brincadeira.

Menor: Não cara. É verdade.

Coringa: FALA QUE É BRINCADEIRA FELIPE. FALA POR FAVOR- seguro o braço do Felipe com força.

Menor: Infelizmente é verdade.

Pov Isabel💣

Thayna invade meu quarto e eu sorrio pra ela.

Thay: Tive tanto medo de perder você- me abraça forte.

Play: Porra, garota. Me assusta desse jeito mais não- me abraça também.

Isabel: Ainda tenho que dar muito. Não posso morrer- mando beijinho no ar.

Tavinho: Que história é essa dona bonita?- cruza os braços sorrindo.

Isabel: Que história, meu amor da minha vida?- pergunto rindo e ele nega com a cabeça.

Play: Quer dizer que fecharam?- pergunta encostado na parede.

Isabel: Fechamos- seguro a mão do Tavinho.

Play: Sabe que vai ser considerado Talarico, né Otávio?

Tavinho: Não me importo com os outros. Eu quero ela e lutei pra ter. Agora é valorizar e cuidar dela- beija minha mão.

Play: Tá certo.

Thay: Será que vocês podem nos dar uma licença?- sorri tímida.

Isabel: Traduzindo, saí desse quarto agora, seus bando de cu- rimos e Tavinho me beija e saí junto com Leandro.

Thay: Pode começar a contar.

Isabel: Contar o que desgraçada?- me faço de desentendida.

Thay: Primeiro o motivo de tu tá aqui- senta na cama e eu sento também.

Isabel: Longa história.

Thay: Tô com todo tempo do mundo- cruza as pernas.

Isabel: Quando eu cheguei no pé do morro o Otávio que tava na contenção. Então estacionei a moto e desci pra falar com ele. O Gustavo já começou dando show. Falando que eu queria transar, tinham que ir logo e tal. Quando a gente chegou ele foi pro banheiro e uns 10 minutos depois saiu. Os olhos e o nariz dele estavam vermelhos. Eu me assustei. Aí ele falou que não queria que eu falasse com o Otávio, porque eu era puta é o Otávio queria ficar comigo. Tipo como se eu fosse trair ele.

Thay: Que cretino, não esperava isso do Gustavo.

Isabel: Nessa hora ele já tinha me dado uns tapa e eu já tinha revidado. Aí o telefone dele tocou e ficou no viva voz, como ele já tava drogado ele não conseguiu tirar. Quando a voz da Lívia ecoou no quarto eu comecei a chorar. Ah, amiga ele fez de novo.

Thay: Então você só descobriu da Lívia?- pergunta secando minhas lágrimas.

Isabel: Tinha mais?- pergunto assustada.

Thay: Tavinho falou que era 3 por semana, linda- faz carinho no meu rosto.

Isabel: Eu não acredito. Não pode ser, Thayna- tento me levantar e ela me faz sentar novamente.

Thay: Amiga, é a vida. Quando você quis ficar com ele assumiu essas consequências. Mas deu certo no final, em. Ficou com o gato do Tavinho- fez cara de safada e eu ri.

Isabel: Tá com dor de barriga, Thayna?- pergunto gargalhando e ela fecha a cara.

Thay: Vai se fuder. Sabia que tu atrapalhou minha foda?- bota a mão na cintura.

Isabel: Ui, adoro- dou língua pra ela.

Thay: Deixa de ser louca, idiota -me da língua também.

Isabel: Mongol- dou língua e reviro os olhos e ela gargalha.

Thay: Vai tomar no cu, vai Isabel- bate na minha testa.

Isabel: Thay, o que tu acha de eu ficar com Tavinho? Sério neném, fala a realzona- cruzo as pernas tipo de índio.

Thay: Olha, amiga. Eu acho que ele é um bom homem. Ele parece que gosta mesmo de você. Então espero que você seja feliz com ele. Vocês merecem- ela segura minha mão.

Isabel: Também espero que a gente seja feliz. Ah, amiga, fiquei tão assim de aceitar de primeira. Tenho mo medo do que o Gustavo e os moleque podem fazer com o Tavinho se pensarem que eu e ele estávamos juntos enquanto eu estava com o Gustavo.

Thay: Relaxa, meu amor. Se o Gustavo realmente te conhecer ele vai saber que não estavam juntos- ela segura minha mão.

Isabel: Eu não sei o que seria de mim sem você- ela sorri.

Thay: Te amo, minha vida.

Isabel: Também me amo. Não tem como não amar esse mulherão da porra que eu sou, ne- dou de ombros e ela gargalha.

Thay: Palhaça.

Isabel: Me senti ofendida- começamos a rir.

Com a Thay tudo sempre fica mais leve. Até os maiores pesos da vida são mais fáceis de carregar com ela.

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