~Narrador~
Depois que atravessaram o portal Sebastian se deparou com um lugar totalmente desconhecido, era um salão enorme, com um imenso lustre de prata iluminando toda a tapeçaria que contrastava o azul com preto, o piso escuro refletia um brilho maravilhoso.
- Por quê me arrastou até aqui?- disse ele confuso.
- Bem-vindo Sebastian, a minha luxuosa residência!- Exclamou Clara com seu jeito alegre de sempre.
- Diga logo o porquê de me arrastar pra cá.- Resmungou Sebastian já impaciente.
- Você consegue ser tão desagradável quando quer, mas enfim, por ordem de Ciel você está sujeito apenas as minhas ordens.- disse Clara puxando a gravata negra do mordomo.
- Acho que sei aonde quer chegar.- disse Sebastian passando suas mãos pela cintura da morena e a prendendo contra seu corpo.
- Mas antes, me acompanharia em uma dança?
Sebastian solta um suspiro pesado, sentindo uma pontada de decepção invadir seu peito, mas como sempre, disfarçou tudo isso com seu largo sorriso.
- Com muito prazer.
Em seguida ele a tomou em seus braços, com um estalo de seus dedos, Clara fez o piano tocar uma música lenta que aos poucos se tornava agitada. Mesmo assim os dois tinham seus passos totalmente sincronizados, parecia que até seus corações batiam no mesmo ritmo.
Sebastian olhava minuciosamente o rosto de Clara, aquela que a alguns meses o havia conquistado de mansinho, pouco a pouco ela o desarmou, se tornou dona dos seus pensamentos e de cada batida de seu coração.
Clara por outro lado, se questionava qual foi o momento em que ela se deixou levar por Sebastian, aquilo que antes era uma desavença enorme se tornou o motivo pelo qual ela gostava dos beijos selvagens de Sebastian. Como e quando foi que seu ódio e rancor se tornaram amor e desejo?
A medida que se aproximavam um do outro seus passos diminuíam o ritmo, seus olhos se encontraram, com o coração acelerado Sebastian passou a mão esquerda pelo rosto delicado da morena, parando os dedos no queixo dela, com um toque suave de suas luvas levantou o rosto de Clara e a beijou.
As mãos de Clara corriam livremente pelo mordomo, acariciava seu peito por baixo do paletó, enquanto os mais pervertidos pensamentos lhe passavam pela cabeça, naquele momento ela desejava ter aquele corpo nú em cima do seu.
O caminho até quarto da dama de companhia se tornou sufocante, já não suportando aquela situação Sebastian a colocou contra a parede, por mais que se esforçasse para se segurar até abrir a porta ele não conseguia, colocou uma de suas mãos sobre o vestido e puxou a perna de Clara para que seus corpos ficassem ainda mais colados, enquanto seus lábios faziam um caminho da boca da mulher até encontrar seu decote.
Clara abriu a porta do quarto com dificuldade, graças a Sebastian e seus desejos intermináveis.
Sebastian a jogou na cama, enquanto desesperadamente tirava o paletó e desabotoava a camisa, desatou a gravata, jogou o colete e se pôs sobre Clara. Ele tirou o vestido da morena pouco a pouco.
Quando finalmente acabaram, quando a chama que ardia dentro de seus corpos finalmente havia se apagado, Clara pegou no sono, Sebastian por outro lado permanecia muito bem acordado, relembrando cada momento com Clara desde o dia em que se conheceram. Enquanto Sebastian se deixava levar por suas memórias sua mão acariciava, involuntariamente, os cabelos da morena, com esses suaves movimentos Clara foi aos poucos acordando.
Ao se deparar com o rosto do mordomo ela abriu um sorriso sincero e disse:
- Queria acordar todos os dias e ver seu rosto assim que abrir os olhos.
Sebastian também sorriu, se levantou e vestiu suas calças sem nenhuma palavra, o coração de Clara de repente se entristeceu, por isso ela levantou e começou a se vestir também. Assim que terminou Sebastian caminhou até aonde seu paletó preto estava jogado, Clara ajeitou o vestido e o apertou contra a barriga para a parte da frente não cair.
- Sebastian, poderia fechar os botões do vestido, por favor?
Sebastian em silêncio se aproximou e começou a abotoar, a cada parte fechada ele dava um beijo no pescoço de Clara.
- Eu queria que fosse assim todos os dias.- comentou a morena.
- Sendo assim- disse ele esticando o braço para que Clara visse a pequena caixinha aberta, com um anel prata dentro.
Ele encostou sua cabeça no ombro da mulher e sussurrou:
- Venha ser minha pela eternidade.
Clara se virou bruscamente para encarar o rosto de Sebastian repleto de determinação e felicidade, surpresa ela disse:
- Nos unir como...
Ele afirma com um aceno de sua cabeça, completando mentalmente a frase dela, Clara o abraça forte, sentindo seu coração se encher de alegria, se sentia amada pela primeira vez em muitos séculos.
Depois de Sebastian colocar o anel no dedo dela, os dois voltaram para o mundo humano, ao atravessar o portal para casa Clara se depara com Calebe ensinando esgrima para Elizabeth, os dois só notam a presença dela quando suas palmas rompem o som das espadas.
- Oh, irmãzinha a quanto tempo está aí?- pergunta Calebe pegando um copo de água da jarra e entregando para Elizabeth.
A pobre loira estava exausta, se sentou na grama mesmo, deixando sua espada cair ao lado, Calebe caminha até Lizy pegando a espada.
- O suficiente para ver o melhor espadachim em ação.- responde Clara.
- Totalmente exagerada, como sempre.- disse ele jogando a espada para a irmã- vamos fazer igual aos velhos tempos!
Clara pega o objeto no ar, e diz:
- Pegue leve comigo, faz anos que não treino.
Ele apenas sorri e dá o primeiro passo para um ataque, em poucos minutos Calebe se encontrava desarmado no chão.
- Como isso aconteceu?- pergunta ele incrédulo.
- Sorte de principiante.
- Eu quero revanche!- disse ele se levantando sacudindo a poeira e encarando Clara com um sorriso.
Novamente o corpo de Calebe caiu no chão, a história se repetiu durante toda a tarde.
Depois de colocar Elizabeth na cama, Clara foi ao encontro do irmão no jardim, ao vê-la Calebe exclama:
- E então ? Como foi?
- Acho que tudo ótimo.- respondeu ela levantando a mão para mostrar o anel brilhante para o loiro.
Da janela Peter observava o anel no dedo de Clara brilhar na luz da lua, estava curioso para saber sobre o objeto, mas no fundo, no fundo ele sabia como aquele anel foi parar na mão dela, e o que isso significava.
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Por Ela
Fanfiction"Desde que Lizy contratou aquela mulher misteriosa para ser sua dama de companhia ela anda diferente." - Ciel. Elizabeth, uma jovem garota de 17 anos prestes a se casar com o rapaz a quem seu pai prometera a sua mão quando ainda era apenas um bebê. ...