Capítulo 11- Sua Dama, Deslumbrante.

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Clara acorda nos braços de Peter, ele a segurava como se ela pudesse quebrar, ao ver os olhos azuis de Clara se abrirem suspirou aliviado.

- A senhora tem que parar de me assustar! - disse ele a abraçando calorosamente.

- Aonde estamos?

- Na mansão Midford, a senhorita estava delirando, falava sobre os mestiços, sobre Ciel e até falou meu nome.

Automaticamente Clara se lembra de tudo, mas antes que pudesse sair dos braços de Peter Elizabeth apareceu tomando uma xícara de chá.

- Que bom que acordou Clara! Temos que preparar uma festa de noivado!- disse Elizabeth contente.

Clara se endireita no sofá, depois pergunta:

- Noivado?

- Ciel me pediu em casamento!- Disse Lizy mostrando o anel delicado com uma grande safira.

- Ah, que ótima notícia! Irei providenciar tudo!!

- Mas tome cuidado Clara, não quero que seja muito alegre pois Ciel pode não gostar, mas quero que seja inesquecível!

Com essas palavras Elizabeth sai de cena deixando Peter e Clara na sala, ele a encarava sorrindo de orelha a orelha.

- O que aconteceu? Porque diabos você sorri tanto?

- Você falou meu nome! Agora eu sei que você pensa em mim tanto quanto penso em você!

- Melhor tirar esse sorriso do rosto e começar a limpar essa mansão, eu vou sair para encomendar algumas flores.- disse Clara se levantando e pegando seu guarda-sol.

Peter assentiu e começou a limpeza dos móveis.

Clara atravessou a cidade e parou em um capo aberto, respirou fundo enquanto o vento balançava seus cabelos, buscava coragem precisava achar sua voz.

- Edgar!- gritou ela depois de um tempo.

Um rapaz apareceu, com os braços abertos como uma criança que pede colo, veio correndo na direção de Clara, ao se aproximar ela dá alguns passos para trás. Ele recua triste ao ver o medo no rosto de Clara, se ele encostasse nela acabaria queimando a pele da morena.

- Não consigo expressar em palavras como estou feliz por você me chamar!- diz Edgar.

- Eu estive pensando em algumas coisas, e eu acho injusto Peter ser condenado sem nem ter um julgamento...

O tom triste de Clara faz o ar ficar pesado, Edgar sente a tensão, coloca as mãos para trás e diz:

- Ao ver de todos ele defendeu um inimigo, a opinião sobre isso é única e plena.

- Mas vocês não dizem que temos que defender os fracos e oprimidos? Vocês não toleram a agressão aos indefesos, certo?- argumenta Clara.

- Sim. - responde Edgar sem exitar.

- Pois bem, quando eu perdi meu olho eu perdi boa parte dos meus poderes, não tinha condição de batalha, estava indefesa, Peter apenas fez o que achou certo.

- Falando assim fiquei sem argumentos.

- Por favor, poderia conseguir um julgamento para Peter? Poderia por favor interceder por mim? Eu te imploro.

- Farei o que puder para ajudar a minha irmãzinha querida.

Clara o abraçou, depois da surpresa Edgar a empurra, olhando para os braços da mulher que estavam vermelhos, provavelmente sua pele ardia.

- Não te machuca?- pergunta o loiro confuso.

- Sim, mas estou muito feliz para me importar com isso.

Por ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora