Capítulo 46- Sua Dama, Decidida.

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Clara respirou fundo e se dirigiu até o quarto de Elizabeth, sobrando apenas Spike e Peter em um salão bagunçado, enquanto Spike varria o chão Peter começou a limpar o sangue das paredes.

Ao se aproximar da porta as risadas de Elizabeth e de Calebe ficavam cada vez mais altas, quando chegou bem perto da porta Clara pôde ouvir a conversa dos dois.

Calebe: então ouvimos passos atrás da porta, eu olhei pra cortina e puxei Mey-Rin.

Elizabeth: e quem estava nos corredores?

Calebe: Sebastian, assim que ele entrou ele sabia que havia alguém no salão, e para não expor a minha amada eu disse que havia trazido alguns presentes de Clara.

Elizabeth: e ele acreditou?

Calebe: aparentemente sim.

Clara abriu a porta, o loiro e Elizabeth estavam sentados na cama, ele fazia uma linda trança nos cabelos da moça.

Clara sorriu levemente, seu astral não estava muito bom, havia muito tempo que estava longe de Sebastian, e agora com volta de Winter tudo se tornava ainda pior, mas como sempre Clara omitiu todos os seus problemas para o bem estar de sua senhora.

De repente Spike bateu na porta, se ajoelhou na frente de Clara e anunciou sua volta para o inferno, a morena puxou do bolso um espelho e explicou que ele poderia se comunicar com a dama de companhia ou até mesmo com Elena, ao ouvir o nome da iluminada um sorriso brotou no rosto do demônio quase que instantaneamente.

Depois da partida de Spike, Clara conferiu o andamento do vestido de sua senhora e por último foi falar com Peter.

- Peter.- disse ela assim que abriu a porta do salão.

Peter arrumava os arranjos azuis das mesas, quando se virou perguntando:

- Senhora? Aconteceu algo?

- Queria ser eu a te contar isso, estou grávida.- respondeu ela com um grande sorriso no rosto.

O homem tinha um ar sombrio e preocupado ao mesmo tempo, Peter mesmo com uma voz embargada pergunta:

- De quantos meses?

A mulher nada respondeu, apenas levantou a manga a blusa aonde os ponteiros do relógio haviam andado e estava no 3.

Peter a olhou com um ar penoso, mesmo com todas as insistências de Clara ele não conseguia enxergar como uma criança poderia trazer alegria para alguém. Clara o fuzilou com um olhar totalmente furioso, a raiva tinha um motivo mais que suficiente, a cara de pena que Peter fez a irritou muito.

- Porque me olha assim? Por acaso acabei de lhe contar que estou doente?- questionou Clara se aproximando.

- Não, não é nada disso.- ele negou.

Clara deu um tapa forte na mesa, o vaso de flor balançou e por pouco não caiu no chão, com uma voz mais elevada ela diz:

- Então porque acha que eu sou digna de sua pena?! Eu não vejo motivo para isso.

Peter segurou o vaso de flores, ele estava confuso e sem saber exatamente como sair daquela situação.

- Eu só me preocupo com você, nada mais! Agora não posso mais me preocupar com a mulher que amo?

- Vá para o inferno você e as suas preocupações!!- gritou ela.

Ele a advertiu um pouco irritado:

- Clara não precisa gritar comigo!

- Eu já cansei! Quanto tempo eu teria que esperar por você?!- Clara fez uma pausa antes de completar- Eu te amei muito.

Por ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora