Capítulo 40 - Insegurança

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Voltei! Boa leitura bbs ❤
Não se esqueçam de favoritar o capítulo.

-x-

Pov Gizelly

Era manhã de segunda-feira e eu estava trabalhando tranquilamente em meu escritório.

Isso era o que qualquer funcionário diria caso perguntassem por onde eu andava naquele momento. Porém, não era especificamente isso que acontecia ali. 

Ok. Eu realmente estava em minha sala e em absoluto silêncio, mas o que ninguém sabia era que meu corpo estava a ponto de surtar em uma mistura de nervosismo, ansiedade e preocupação. 

Obviamente, desde que cheguei ao prédio, sorridentemente disfarcei o estado caótico que se encontrava minha mente e acredito que consegui enganar a grande maioria. 

As pessoas fingem que se importam ao lhe perguntar um "tudo bem" ou "como está". Contudo, elas apenas querem ouvir qualquer resposta simplória que anule qualquer oportunidade de diálogo.

Ao meu ver, elas não querem saber como você vai, mas sim deixar claro que te cumprimentaram durante um certo espaço de tempo. 

Não me leve a mal, não é que eu quisesse desabafar com alguém ou algo do tipo. Esse não é o fulcro da questão.

O ponto é: basta um mero sorriso e uma resposta rasa para conseguir ludibriar todos à sua volta. Eles se contentarão com sua encenação e vida que segue. 

Era algo super hipócrita e que todo mundo fazia, inclusive eu. 

Rafa era a única pessoa que havia naquele ambiente que não caiu no disfarce e, por isso, me lançava olhares curiosos todas as vezes que nossas orbes se cruzavam. Às vezes acidentalmente, às vezes propositalmente. 

Centralizei minha atenção no computador em minha frente assim que a vi se aproximar de mim. 

— Não vai me dizer o que você tem? 

— Não preciso te dizer tudo o que me preocupa. - dei de ombros sabendo que estava sendo um pouco ríspida, mas tratei de não ligar muito para isso. 

— Ah, então você está preocupada com algo? - arqueou a sobrancelha e fechou a porta atrás de si. 

— Eu nem disse isso. 

— E eu achava que você sabia mentir melhor. Pelo amor de Deus, Gizelly. - bufou. 

— Rafaella, só me deixa trabalhar. Ok?

— Não custa nada me contar. - se sentou na cadeira que ficava do lado oposto da minha mesa, de frente para mim.

Nesse momento eu percebi que ela não ia ceder tão fácil. 

— Custa tempo, coisa que eu não tenho porque preciso trabalhar. 

— Você sabe que dialogar é questão de confiança também, né?

— Eu confio em você, só não quero falar nada. Daí, como eu sabia que você ia ficar no meu pé, resolvi tentar disfarçar. - revirei os olhos. 

— Tudo bem, então. - levantou as mãos em rendição — Você que sabe. - afirmou me lançando um olhar raivoso enquanto saía de minha presença. 

Não é que eu não confiasse nela.

Porra!

Eu abri minha vida inteira para ela desde sempre. Não era isso. Eu só não queria lhe encher de incertezas e neuras assim como eu estava desde que o dia se iniciou. 

O TRATO - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora