Capítulo 48 - Intimidade

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Oii. Como estão? Saudades de att a fic. Enfim kk boa leitura pra vocês ❤

-x-

Pov Gizelly

— Sabe o que eu descobri? - perguntei.

— O quê?

— Que eu achava muito melhor quando a gente não tinha essa intimidade. Porque eu não precisava ficar te ouvindo me encher o saco - falei alterada.

— Ah, tá. Sem mim você não ia conseguir fazer nada - proferiu de maneira convencida e eu revirei os olhos pela milésima vez só naquele dia. 

— É sério, Bianca. Pelo amor de Deus!

— Eu também tô falando sério. Uma festa aqui no escritório seria o auge e faz tempo que não temos uma por aqui.

Suas palavras me fizeram recordar que a última vez que aquilo aconteceu. 

Foi no dia de meu segundo encontro com Kalimann. Eu iria trazê-la para uma festa na empresa. 

Meu Deus! Quem faz isso no segundo encontro?

Recordei que naquele dia havíamos pegado um trânsito pesado devido a chuva; acabei adotando o Théo e tendo uma Rafaella irritada durante a noite, visto que o gato não a deixou em paz por nenhum segundo. 

Ainda era muito louco pensar em como as coisas aconteceram entre nós. No entanto, aqui estou eu tendo que ouvir a linguaruda da Bianca tagarelar em minha própria sala tentando me convencer a fazer uma festa para Rafa na empresa. 

— Não vai dar certo, Bia. 

— Mas porque? - a mulher pôs as mãos na cintura e já apresentava sinais de irritação tanto quanto eu.

— Porque nós só costumamos fazer algo do tipo quando temos grandes conquistas, como quando a gente ganhou causas de proporção nacional. - expliquei.

— E daí? Ela não é sua namorada?

— Ela é, mas eu não posso fazer uma festa só porque ela vai trocar de emprego. Seria uma espécie de nepotismo e eu não quero passar uma impressão errada. Nós nos despedimos de diversos funcionários e nunca fizemos algo assim. 

— Porra, Gizelly. Ogra demais, cara - afirmou e eu não contive uma sonora gargalhada. 

— Infelizmente não vai dar - dei de ombros.

O fulcro era: organizar uma festa para Rafa era o mesmo que tornar mais real ainda sua despedida. Eu estava muito feliz por ela, mas ainda me acostumava com a ideia. Além disso, nós realmente não costumávamos usar a empresa para festas daquele estilo. 

— Espera - pausou um pouco parecendo pensar — não vai dar pra fazer uma festa aqui. 

— Exato - afirmei novamente de forma convicta. 

— Mas vai dar para fazer em outro lugar - sorriu. 

— Acho que sim. Desde que seja algo simples. A gente pode sair para beber - sugeri, embora eu não seja muito fã de baladas. 

— Ou a gente pode fazer uma boa farra na sua casa - o olhar de astúcia que a mulher me dava chegou a me amedrontar. 

Santo Pai! Pra quê eu fui inventar de ter amizade com ela?

— Na minha casa não! - respondi impetuosa.

— Na sua casa sim! Lá tem espaço e dá pra chamar todo mundo daqui. Vai ser bom. 

No fundo eu sabia que era uma boa ideia, mas o medo de Bianca transformar minha pobre casinha numa infestação de pessoas era muito maior. 

O pior era que ela não desistia. 

O TRATO - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora