Capítulo 72 - Chōros

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Oii. Antes de tudo, não pensem que abandonei a fic. Eu só tô super ocupada, mas vou postar sempre que puder. Não se preocupem quanto a isso.

Boa leitura pra vcs! Amo-os❤

-x-

Chōros: amor por um lugar, o lugar o qual chamamos de lar.

Pov Gizelly

É bizarro o quanto a vida se encarrega de realizar acontecimentos únicos.

A volatilidade das coisas no nosso dia a dia ocorre de maneira tão absurda que nunca teremos certeza de nada. Não sabemos o que nos correrá nem como, quando ou que tamanha será a intensidade. Resta-nos, enfim, aproveitar ao máximo cada segundo perto de quem nos faz bem. 

Era isso o que eu estava finalmente fazendo. Era essa a pessoa que eu tinha lutado para ser. Estava feliz porque aos poucos estava conseguindo. 

— No que tanto pensa? - questionou. 

— Não sei dizer ao certo. 

— Acho que já sei… - pausou parecendo pensar — está nostálgica de novo? 

— Um pouco. - afirmei já sorrindo. 

— Se você não me der nenhuma informação, não tenho como te ajudar. 

— É que… eu nunca imaginei que as coisas aconteceriam assim. - tentei expressar meus pensamentos desordeiros. 

— Assim...? - a sobrancelha arqueada indicava que eu prosseguisse. 

— É um passo a mais, né? Tipo, moramos juntas como num casamento. 

— Já faz um mês... - pareceu pensar novamente — você se arrepende? 

— Nem um pouco. E você?

— Também não - sorriu de volta. 

Após sua afirmação convicta, voltei a me concentrar no serviço. 

Tínhamos passado os últimos dias nos dividindo entre trabalho, família, relacionamento, amigos e, finalmente, a bendita compra e reforma da casa. 

Foi difícil achar algo que já tivesse a nossa cara. Por isso, resolvemos escolher o imóvel que possuísse mais espaço para modificações. 

Confesso que me vi impaciente até demais entre discutir sobre varandas, piscinas, quartos com ou sem suíte e afins. Não era muito o que eu gostava de conversar, mas eu sabia da importância de tal acontecimento e fiz um esforço. 

Minha namorada era a mais animada com a situação e resolvi fazer da sua felicidade a minha. Aos poucos as coisas foram se encaixando e praticamente tudo estava pronto, exceto o último quarto. 

Em ordem de disposição espacial, não era necessariamente o último, mas era o que restava para concluirmos tudo aquilo. O cômodo ficava no mesmo corredor que levava ao nosso quarto, estando assim a poucos metros de distância da porta na qual passávamos nossas noites. 

Não tinha nada de incrível, mas decidi que deveríamos terminar aquela pintura por nós mesmas. Seria mais fácil contratar os serviços de alguém especializado, contudo acabei convencendo Rafaella de que aquilo seria divertido. 

Só não imaginávamos que daria tanto trabalho. Eu sei… culpada! 

Como a mineira passou a ter uma rotina de trabalho mais intensa que a minha, resolvemos começar aquela tarefa em nosso fim de semana. Embora eu soubesse que aqueles dias eram destinados ao seu completo e absoluto descanso, ela também pareceu animada com a ideia. 

O TRATO - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora