Capítulo 49 - Nostalgia

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Foi aqui que pediram att? Desculpa o atraso. Aconteceram uns imprevistos e não pude postar antes.

Boa leitura pra vocês ❤

-x-

Pov Gizelly

Aquele era mais um fim de expediente cansativo. 

Ainda estávamos no meio da semana e eu almejava alcançar o fim da mesma o mais rápido possível. 

Sempre amei meu trabalho, mas de uns tempos para cá, estava precisando descansar mais. 

Dona Márcia, minha amada mãe, sempre pegava no meu pé com relação a isso e dizia que, caso eu não repousasse o suficiente, correria o risco de adquirir algum problema de saúde em decorrência do estresse diário. 

Eu sei, ela não estava errada e seria bem provável de isso realmente acontecer em algum momento. 

Eu já não tinha tempo para fazer novas amizades e, as que eu tinha, eram exemplos vivos de perseverança, visto que eu nunca podia estar presente para estas. 

Eu sempre tinha algum compromisso inadiável. 

A única pessoa que eu definitivamente moveria o mundo para atender seus pedidos era minha melhor amiga. Ela sabia como ninguém me colocar nos eixos à medida em que me passava em rosto boas verdades. 

Duda era a única pessoa que eu ainda conseguia rever durante minha rotina e eu não mediria esforços para manter sua amizade. 

Naquela terça movimentada, saí do escritório disposta a mudar. Tudo bem que não seria da noite para o dia, mas eu tentaria com veemência. 

Me pus a prestar atenção ao trânsito enquanto a menor, ao meu lado, reclamava mais uma vez sobre mais um de meus atrasos. Seria isso falta de autodomínio por minha parte? Eu não saberia responder, mas eu tinha a certeza de que, se eu não fosse tão fissurada por meu trabalho, eu não teria conquistado metade do que tenho hoje. 

Tentei argumentar com a mulher, mas foi em vão, ela não me dava ouvidos e, por isso, deixei a mesma prosseguir. 

Havíamos marcado de jantar juntas e eu estava feliz por conseguir cumprir o combinado. Minha amiga, juntamente a mim, adentrou o restaurante e em poucos minutos fomos direcionadas à nossa mesa. 

O ambiente era sofisticado e o ar dali exalava riqueza e luxúria. Pessoas permeavam por ele portando seus melhores trajes e muitas tinham aquele tom esnobe que só os arrogantes de carteirinha possuem. 

Uma das coisas que eu amava em nossa amizade era o fato de sermos simples. 

Tudo bem que o dinheiro é benéfico e o conforto é um capricho delicioso, porém não importava se estávamos garbosas num estabelecimento ganhador de prêmios internacionais ou num barzinho aleatório já trêbadas enquanto conversávamos besteiras. 

Iríamos nos divertir igualmente. 

Me peguei sorrindo daquele tom de superioridade à nossa volta e Duda logo me acompanhou no momento em que lhe confessei o motivo de meu riso. 

O momento foi interrompido pelo toque estridente do celular da menor, que teve que ir resolver um assunto urgente de caráter familiar e me deixar solitária no bendito restaurante. 

Eu realmente compreendi seu lado e esperava que o incidente em sua casa fosse resolvido o quanto antes, afinal imprevistos acontecem. 

Pouco tempo depois o garçom se aproximou a fim de anotar meu pedido à medida em que eu observava silenciosamente as pessoas que atravessavam meu campo de visão. 

O TRATO - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora