Cheguei com mais um capítulo pra vocês. Quem quiser me seguir no tt, tem o link no meu perfil.
Boa leitura!
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Alguns dias depois
— Pois é, é sempre bom ter novos ares por aqui. - ambos estavam em pé próximos ao corredor central da empresa e conversavam como que não ligando para quem tanto os ouvia.
— Parece que até deu uma animada no pessoal.
— E que animada, diga-se de passagem. - disse sugestivo.
— Ela parece ser realmente muito boa em tudo o que faz.
— Será que a gente tem chances de sair com ela?
— Tipo um encontro? - riu.
— Não, cara. Tipo algo casual. Apenas para diversão.
— Acho que sim. Pelo jeito que é dada, tem cara de quem topa tudo. - foi sacana ao falar-lhe.
— Deveras será interessante.
— Deveras seria realmente interessante os senhores se portarem com o devido respeito em seu local de trabalho. A não ser que queiram ver tamanho interesse da perspectiva do prédio do lado de fora. - a advogada aparecera de supetão, o que fez os homens se assustarem com sua presença e, principalmente, seu tom de voz que estava diferente do habitual.
Aquela manhã estava agitada e a conversa estúpida de seus funcionários era apenas mais um atenuante da irritação da advogada.
O tom usado por ela ao se dirigir a ambos os profissionais não era algo comum de se ouvir. A mulher sempre prezava por demonstrar tranquilidade em seus tratos ali, porém era notório que a situação já fugia do controle.
A advogada sabia que não se tratavam das roupas da mineira, muito menos de seu jeito simpático e prestativo de ser.
Aliás, seu jeito era encantador e havia uma certa inocência em tudo o que fazia, pois era sempre de boa vontade. Até mesmo se algum favor prestado pela outra estivesse além de suas obrigações contratuais.
Gizelly não sabia ao certo a questão ali.
Tudo bem.
Respirou fundo.
Contou até dez.
Tentou se acalmar.
Em vão.Pessoas flertam em qualquer lugar.
Era o que tentava mentalizar.
Pessoas se interessam por outras.
Pessoas se interessarão por Rafaella.
Porque era tão difícil controlar seus sentimentos?
Talvez porque justo hoje tudo parecia estar dando errado.
Recentemente perdeu um caso de extrema importância que basicamente estava como que ganho. Sua consciência agora pesava e seu sexto sentido gritava a avisando que algo estava muito errado com o parecer final do juíz.
Sua área de atuação era, de longe, uma das mais difíceis e muitas vezes exigia dela mais paciência que o normal.
Ela tinha ciência de que toda e qualquer ação judicial tinha influência direta com relação às partes cabíveis, porém, não era como se seus clientes a procurassem por causa de uma multa de trânsito.
Seu trabalho envolvia muitas vezes a liberdade, no sentido literal, ou condenação de alguém. Bastava um erro de argumentação para levantar dúvidas sobre uma inteira índole. Se não demonstrasse uma precisão cirúrgica, acabaria dando margem a se cometer injustiça e isso era tudo o que não desejava.
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O TRATO - Girafa
FanfictionRafaella Kalimann é uma golpista que deixa suas involuntárias vítimas atormentadas quando percebem que foram usadas e roubadas de tudo, incluindo seus corações. Mas a dinâmica muda quando seus dois últimos alvos - Pedro e Alice - se juntam para ir a...