Oii. Como prometido, aqui estou eu. O capítulo tá enorme e cheio de altos e baixos. Espero que gostem. Não revisei direito. Fazia tanto tempo que não escrevia que estava desacostumada.
Desde já, obrigada pelo carinho que têm com a fic e boa leitura! ❤
-x-
Seis meses depois
Pov Gizelly
“Todos estamos mais ou menos preocupados com o que acontece nas nossas costas”. Era basicamente a frase que minha mente ecoava em demasiada constância.
Nas últimas semanas eu pedia aos céus, de maneira intermitente, que aquela espécie de sensação fosse alguma paranoia aleatória ou até mesmo uma espécie de egocentrismo.
Contudo, algo em meu íntimo me dizia o contrário.
Algo em meu íntimo deixava claro qual era a verdade.
Eu estava na melhor fase da minha vida: estabilizada e bem sucedida em todos os aspectos. Não me entenda mal, o ser humano vive em busca de conforto. Essa era a meta desde que eu me entendo por gente. E eu finalmente havia conseguido. A não ser por aquela estranha sensação.
— Você tá ouvindo o que eu tô falando? - pelo tom de voz pude sentir o principio da sua irritação.
— Claro que sim. Só tô pensando em outras coisas. - desconversei.
— Amor, como que nós vamos fazer um jantar pra sua família se você não me ajuda a decidir o que comprar? - a vi parar de caminhar no corredor daquele supermercado e colocar as mãos na cintura enquanto esperava minha justificativa.
— Pode ser qualquer coisa. - dei de ombros.
— Você sabe que não. Não é sempre que eles vêm aqui e o jantar vai ser importante. - me encarou com aquelas orbes gigantes e preferi recuar.
— Ainda temos tempo, tudo bem? Ainda falta uma semana. Podemos decidir com calma até lá.
— Acho bom, Bicalho. Acho bom… - rapidamente me deu as costas à medida em que lançava alguns itens no carrinho quase cheio.
Respirei fundo e voltei aos meus pensamentos a fim de repassar tudo o que sabia. O fulcro era: Erick Kalimann havia fugido da penitenciária a pouco mais de quinze dias e as autoridades não faziam ideia de qual era o seu paradeiro.
Se o homem já era uma ameaça antes, agora seria muito mais. Eu não teria como afirmar quais eram suas intenções ou seus planos e nem se o mesmo havia, por alguma intervenção divina, se arrependido dos seus pecados e convertido para alguma deidade.
O meu pavor crescia cada dia mais à medida em que tentava ao máximo não trazer o assunto à tona e desgastar emocionalmente a minha mulher.
Por isso que esperava ser uma ilusão da minha mente o fato de ter começado a achar que estávamos sendo seguidas constantemente. Eu queria que tudo fosse mentira. Por hoje eu só queria despretensiosamente me preocupar em definir qual o menu do jantar que daríamos para os nossos parentes.
Seria fácil. Eu diria que preferiria uma lasanha, enquanto Rafaella afirmaria que outro tipo de massa seria mais interessante. Discutiríamos sobre os molhos, os vinhos e a sobremesa. Poderíamos até passar a tarde inteira aqui, contanto que eu não tivesse esse peso nas costas.
Pov Rafaella
Eu sabia que tinha alguma coisa errada.
Se havia uma coisa que eu tinha aprendido ao longo do nosso relacionamento era a ler suas feições. Não era nenhuma novidade o fato de minha esposa estar me escondendo algo nos últimos dias.
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O TRATO - Girafa
FanfictionRafaella Kalimann é uma golpista que deixa suas involuntárias vítimas atormentadas quando percebem que foram usadas e roubadas de tudo, incluindo seus corações. Mas a dinâmica muda quando seus dois últimos alvos - Pedro e Alice - se juntam para ir a...