Capítulo 65 - Até a noite então

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Oii

Vocês não sabem o quanto foi difícil escrever esse capítulo. Não por ele ser complexo, mas porque nada do que eu escrevia parecia ser bom o suficiente. Acabei mudando-o várias vezes. Enfim, espero que gostem e tenham uma boa leitura ❤

Ah, obrigada pelos comentários de vocês em cada cap. Eles me motivam a continuar escrevendo. E, para os leitorxs novxs, sejam bem vindos ❤

-x-

Pov Gizelly

- Pode admitir que estava com saudades - disse ao entrar em minha sala.

- Nem um pingo. - impliquei.

- Você não quer dizer em voz alta, mas sei que estava. - a loira sorriu largo à minha frente.

- Mas e então, vai contratar meus serviços ou veio só jogar conversa fora?

- Eu vim te chamar pra sair.

- De novo, Fernanda?

- Você sabe que eu não sou de desistir fácil.

- É... isso eu já percebi. - afirmei lhe observando melhor.

A empresária tinha um olhar instigante, daqueles que prendiam você ao mesmo tempo em que despertavam uma espécie de luxúria. Eu poderia reclamar bastante pela sua insistência, mas nunca poderia negar o quão linda ela era.

- Às oito fica bom pra você?

- Eu não disse que aceitaria.

- Mas também não recusou, né? - deu de ombros de forma convencida, o que me fez sorrir.

Eu ainda estava bastante abalada com o término recente com a mineira e confesso não estar com cabeça pra me concentrar em mais ninguém. Ou melhor, em mais nada, visto que nem meu trabalho eu estava conseguindo fazer direito. Os processos começavam a se acumular à medida em que eu tinha a mente cada vez mais distante.

- Não sei se vou ser uma boa companhia - proferi sincera.

- Você nunca é, mas vale a pena mesmo assim - gargalhei enquanto a via se dirigir até a porta - Te busco às oito.

- Porque não vai até a minha casa? Seria melhor jantarmos por lá - sugeri não querendo parecer muito direta.

- Perfeito! Até a noite então - piscou e logo saiu, deixando aquele cheiro forte de perfume dentro do ambiente.

(...)

Ela servia nosso vinho e falava alguma coisa sobre a sua vida.

A bebida estava boa. A comida estava boa. E, se eu estivesse prestando atenção, a conversa deveria ser interessante.

- Vai querer me contar o problema ou prefere me deixar falando sozinha?

- Quê? Eu... Eu estava ouvindo.

- Gizelly, eu acabei de contar da vez que saí do shopping com a sacola duma loja cheia de roupas sem nem ter passado no caixa pra pagar e você disse "legal". - riu.

- Desculpe, Fernanda. Eu... você fez o quê? - franzi o cenho.

- Não se preocupe, eu voltei e paguei por tudo. Foi só esquecimento.

- Meu Deus! Acho que estou com muita coisa na cabeça.

- Quer me contar? Eu sei qual é o assunto. Só não sei os detalhes.

Passei a língua nos lábios enquanto decidia.

- Não é estranho falar de outra pessoa em um encontro?

O TRATO - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora