Capítulo 57 - Odiei o homem!

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Sim, é isso mesmo. Att numa segunda-feira kkkk Passando só pra desejar boa leitura pra vocês ❤

-x-

Pov Gizelly

Faziam uns dois dias que a conversa que tive com Bianca rodava em looping pela minha cabeça e eu havia chegado à conclusão de que existiam duas partes ruins nisso tudo.

A primeira era que eu não fazia ideia do porquê estar preocupada em demasia com aquela história. Tudo bem que eu já tinha entendido que não se tratava mais da advogada, pois eu espelhei o problema em minha própria vida pessoal e relacionamento, o que tornou-se alvo de minhas preocupações.

O segundo motivo se relacionava às dúvidas que não paravam de surgir com relação à minha namorada. Eu não estava desconfiada dela, contudo tinha muitas perguntas a serem feitas.

Bianca estava com medo de compromisso e talvez achasse algumas formalidades difíceis demais de encarar. Pelo que Rafa me falou recentemente, até Eduarda estava passando por algo parecido. Todavia, ambas estão em início de relacionamento.

O fulcro de minha incontestável e repentina agonia era justamente não saber como seriam as coisas entre eu e a mineira dali em diante.

Ao longo dos meses nos quais estávamos juntas eu sempre me preocupava em não criar expectativas gigantescas. Afinal, em minhas incríveis experiências amorosas, eu nunca havia passado da fase de o namoro dar certo. Contudo, fazia algum tempo que eu queria evoluir o que tínhamos.

Inclusive eu até já havia feito algumas brincadeiras e jogado algumas indiretas. Porém, Rafaella pareceu entender-lhes apenas como proferi: brincadeiras.

Eu não sabia até que ponto para ela aquilo seria verdade e esse era meu maior motivo de confusão.

- Está aí? Posso entrar? - entrou após deferir algumas batidas na porta.

- E desde quando você faz cerimônia para entrar, Bia?

- Desde que eu conversei coisas pessoais com minha chefe.

- Eu achava que a gente era amiga.

- E somos - sorriu leve - eu só não estou acostumada a ter aquele tipo de surto. - se justificou e logo sentou em uma das poltronas que havia no local.

- Nunca namorou?

- Ah... sim, mas fazia muito tempo. Terminei pra ir pra faculdade. - deu de ombros.

- Nossa, Bianca.

- O quê? Você achou mesmo que eu ia deixar de aproveitar a melhor fase da minha vida? - perguntou se fazendo de indignada.

- Ogra.

- Bons tempos aqueles. Matava aula, vivia em festa dando pt, beijava geral... - recordou nostálgica e eu sorri.

- Tá rindo do quê?

- Você era totalmente o meu oposto. Me dediquei tanto à minha graduação que nem amigos fiz.

- Por isso que ficou chata. Se já não era antes, né?

- Cala a boca. - joguei uma bolinha de papel que estava na minha mesa em sua direção e acertei em seu ombro. Comemorei vitoriosa enquanto ela sorria.

- Mas e você, também nunca namorou? Porque nunca te vi com alguém a não ser a Fernanda e a Rafa. Então, pelos meus cálculos, você deve ter perdido a virgindade a uns... dois anos?

- Rá rá - fingi uma risada - disse a mulher que passou horas do lado de fora da própria casa com medo de entrar e dar de cara com uma criança de uns cinco anos.

O TRATO - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora