Capítulo 16 - Eles não eram iguais

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Oi, como estão?

Só queria dizer que estou feliz com os leitorxs novos que estão chegando. Sejam bem vindxs. 😉

-x-

Pov Gizelly 

A visita de minha mãe havia sido breve e, embora eu tivesse me assustado ao vê-la em minha casa, foi bom passar tempo com ela. 

Desde que comecei a ganhar visibilidade e uma espécie de fama em minha profissão, as visitas à mulher ficaram escassas. Não era por mal, eu amava passar tempo com minha família, mas sempre foi difícil me desligar do trabalho mesmo que temporariamente. Por isso, era sempre ela que dava um jeito de me visitar. 

Sorri ao lembrar da promessa que fizemos de ir visitá-la o mais breve possível. 

Sim, ela me fez prometer ir ao Espírito Santo juntamente com Rafaella. 

Eu logo planejaria a viagem, pois desejava ir antes de voltar a trabalhar na próxima semana. Contudo, havia algo que eu também planejava: dar à mineira a oportunidade de me contar toda a verdade. 

Sempre fui muito justa em todos os meus tratos e precisava de uma confissão para saber como agir dali em diante. 

Eu já tinha entendido que Erick não valia muita coisa, porém ainda precisava saber como a mulher que estava ao meu lado se encaixava naquela trama. 

— Você entendeu o filme? - me perguntou enquanto enchia a boca de pipoca. 

— Entendi mas não concordei. 

— Como assim? 

— A loira tinha muito mais força. 

— Tinha mesmo. - falou rindo ao notar minha confusão. 

— Ela daria uma surra nele fácil. Ela é a mais velha e mais forte. 

— Sim. 

— Ela até ia tirar a manopla da mão dele. Porque que ela não foi escolhida pra estalar os dedos e acabar com aquilo? - ela se levantou em direção a cozinha logo levando um copo d'água de encontro aos seus lábios. 

— Porque embora fosse a mais velha e mais forte, como você disse, a Capitã Marvel foi a última a ser apresentada ao público. É tipo quem chega atrasado no vôo e quer sentar na janelinha. 

— Faz sentido mas mesmo assim é injusto. - levantei do sofá indo em sua direção. 

— O Homem de Ferro sempre foi um herói egocêntrico. Ele sempre se doou pela humanidade e pelos próprios companheiros. Todos amavam ele. Não faria sentido ser outra pessoa a estalar a manopla para acabar com o Thanos. 

— É, talvez. Porém, ela não morreria ao fazer aquilo e ele morreu. 

— Sim. 

— Decisão burra. Muito mais fácil os dois ficarem vivos. - bufei em chateação me aproximando dela. 

— Sim. - ela me puxou pelo cós da calça e colou nossos corpos em um abraço. — Já te disse que você fica bonitinha quando tá brava? 

A distância entre nós se fazia quase inexistente e era um verdadeiro desafio encarar aquele par de olhos verdes brilhantes e sorriso largo sem querer beijá-la. 

Ela era, de longe, a mulher mais linda com quem já estive e me sentia envolvida por seu jeito de ser. 

Rafaella pareceu perceber meu dilema em ceder ao beijo e logo senti sua mão direita adentrar meus cabelos enquanto a outra apertava minha cintura. 

O TRATO - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora