Capítulo 71 - Mais um mês!

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Oii. Teve gente pensando que eu nem ia aparecer hoje, né? Demorei, mas cheguei! Boa leitura pra vcs!

-x-

Pov Rafaella

Antes de conhecer minha namorada, eu geralmente não costumava comemorar datas importantes.

Após várias experiências traumáticas em minha vida, todas elas passaram a meio que perder o sentido, me fazendo desanimar com tais encontros. 

Entretanto, aos poucos eu estava começando a me acostumar melhor com a capixaba e com sua ânsia por dias festivos.

O de hoje, em especial, consequentemente iria passar desapercebido por mim, visto que não se tratava de uma data memorável em si, pois marcava apenas mais um mês de namoro. 

Eu definitivamente seria o tipo de pessoa que passaria a vida inteira se desculpando por esquecer momentos importantes que geralmente todos recordavam ou o tipo de pessoa que andaria com o calendário regrado a fim de não fazer nenhuma desfeita pra alguém importante.  

Inclusive, eu recentemente descobri que eu preferia brigar com qualquer outra pessoa na face da Terra do que brigar com Gizelly. Não existia mais a parte de discutir e cada uma ir pro seu canto para pensar sobre. 

Ficávamos as duas emburradas e sendo insuportáveis por longas horas dentro da mesma casa até que alguma de nós fosse minimamente inteligente e cedesse a vez ao diálogo. 

Como eu não me achava uma pessoa romântica, pensei na possibilidade de pedir ajuda a minhas amigas. Minha namorada já tinha deixado claro que deveríamos comemorar, então eu faria as honras dessa vez. Só não fazia ideia do que fazer.    

Em contrapartida, se eu sempre pedisse socorro às meninas, eu sempre continuaria travada no quesito “impressionar Bicalho”.

Teria que ser algo original e que a fizesse gostar.

Por Deus! Porque era tão difícil? 

Sorri ao recordar dessa manhã. 

Flashback On

Eu ouvia um barulho irritante. Eu estava num sono tão bom... 

Eu tinha consciência de ainda ser cedo demais para o despertador começar a tocar, por isso descartei a possibilidade de o mesmo ser o culpado. 

Tentei ignorar a situação e coloquei o travesseiro sob a minha cabeça a fim de abafar o ruído, o que não ajudou muito. Logo tive que, relutantemente, abrir meus olhos para ver do que se tratava. 

— Bom dia, deusa! -  ela estava sentada na cama e sorria à medida em que assistia a algo no celular. 

— Meu bem, ainda é cedo demais. Que horas são? - questionei puxando mais o lençol que me cobria. 

— São exatamente cinco e quinze - outro sorriso. 

— Eu disse: cedo demais. - fechei os olhos novamente. 

— Pode voltar a dormir. - passou gentilmente a mão por meus cabelos em um carinho leve. 

— Eu gostaria, mas você não sabe usar fone de ouvido. - resmunguei. 

— Ah, desculpa. 

— Porque você não volta a dormir? O sol nem saiu. 

— Tô ansiosa. - abri os olhos lhe encarando. 

— Com o quê? 

— Vou ter uma audiência importante agora de manhã. Acabei acordando mais cedo pra reler umas coisas e perdi o sono. 

O TRATO - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora