59° capítulo

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Susie

Todo meu corpo gritava para fazer isso, mas a minha mente me dizia o contrário.

Era como se fosse um dilema, ele estava pegando uma coisa que era minha, uma coisa que não divido e não posso deixar acontecer, é o meu pecado mais profundo.

Acabei sendo vencida pelo meu corpo e estendi minha mão batendo na sua com pouco de força quando ele fez menção de roubar minha batatinha.

Nate abriu a boca chocado, eu tinha uma expressão séria. Porque isso era muito sério!

- Não faça isso, Nathaniel.

- Você me bateu?! Eu não acredito -ele olhou em volta meio alarmado, como se procurasse ter certeza se mais alguém viu isso.

- Você estava pegando algo meu que...

- Eu não acredito! -ele começou a rir e eu franzo o cenho- Existe algo que Susie Jones não gosta de dividir além do sorvete!

Revirei os olhos.

- Meu Deus, é o seu lado mal? -ele perguntou ficando sério- Emily me disse que você tem duas personalidades...

- Eu não tenho duas personalidades.

- Jones, você acabou de me bater no meio do restaurante, o barulho do seu tapa mortal chamou atenção das pessoas, seus olhos estão quase transbordando ira, e seu nariz está vermelhinho -ele sorriu- Essa é a Susie malvada.

- Nate? Eu só não dividi a batatinha com você...

- Você vai?

- Não -falei rápido vendo-o levantar a sobrancelha em seguida.

Meu Deus...

Nate cruzou os braços sem encostando na cadeira do restaurante que tinha a cor mostarda, os pratos eram vermelhos e os cardápios tinham o personagem que a hamburgueria inventou, ele consistia em ter um avental branco meio sujo de gordura e um chapéu de um time de futebol americano.

- Há mais alguma coisa sobre esse seu lado que eu precise saber?

- Não -dei de ombros- Nada com o que se preocupar.

Ele semi cerrou os olhos quando eu peguei uma batatinha levando até a boca, sorri em seguida e voltei a pegar meu hambúrguer para devorá-lo.

Voltamos a comer depois da cena da batatinha, que eu pensei por um momento que ele chamaria a polícia, e conversar mais um pouco. Até que entramos em um tópico que me deixou intrigada.

- Você...gosta do seu emprego naquela empresa? -perguntou.

Passei o guardanapo no canto da boca.

- Gosto, posso tocar piano lá -explico.

Nate concordou pegando sua coca dando alguns goles antes de voltar a me encarar.

- Você não se importaria...seu eu acabasse com o seu trabalho, certo? -ele perguntou calmo e eu levantei uma sobrancelha.

- Do que você está falando?

- Balis é o nosso inimigo agora, vamos fazer de tudo para derrubá-lo e se conseguirmos isso, significa…

- Que eu vou perder meu emprego -completo e ele acena.

- Sim, mas...você pode tocar em outros lugares.

- Como por exemplo?

- No meu apartamento? -pergunta sugestivo.

Ri alto me encostando na cadeira e ele sorriu apoiando os cotovelos, Nate estava na minha frente mas não tão distante já que a mesa não tinha muito comprimento.

Minha Bela Tentação -Livro 4 Da Série: Babacas De TernoOnde histórias criam vida. Descubra agora