99° capítulo

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Nate

— Anote tudo, não entre na minha sala e não me ligue em circunstância nenhuma — falei para Angela que me via colocar o sobretudo preto. 

— Está saindo de férias, Sr. Venturelli? — ela me pergunta e eu ajeito as mangas no meu pulso. 

Dei um sorriso de lado. 

— Basicamente — respondi, não consegui esconder o sorriso entusiasmado no meu rosto. 

— Hum...pelo sorriso, é com alguma pretendente da vez — ela diz e meu sorriso some, assumo novamente a postura de chefe carrasco. 

— Não há pretendente da vez, há a pretendente única, e com certeza você sabe quem é — Peguei meu celular da mesa junto a chave do carro. 

Ela engoliu em seco percebendo que a sua frase foi usada com intimidade que não existe. 

Peguei minha maleta preta da cadeira e a encarei uma última vez. 

— Não me ligue, para nada, não quero ninguém me atrapalhando, até se Simon entrar colocando fogo na minha empresa, ligue para os bombeiros, não para mim — digo e ela acena com a agenda próxima do seu peito. 

Saio da frente dela caminhando para fora da minha sala e posso escutar o barulho dos seus saltos atrás de mim, passo direto para o elevador pegando meu celular do bolso, clico na tela depois de abrir minha agenda de contatos. 

Chama duas vezes antes dela atender. 

— Eu espero muito que você não esteja levando muita lingerie — falei clicando no botão do elevador, Susie ficou em silêncio. 

— O que? Os italianos não gostam de usar lingerie? Oh meu Deus, vai ficar na cara que sou de outro país, não vai? — eu consigo imaginar ela colocando a mão na testa. 

Deus. 

— Eu não estou falando disso, Jones — acabei rindo quando segundos depois quando ela entendeu. 

— Ok, você está certo, sou muito lenta para essas coisas. Nunca sei quando estão dando em cima de mim, só quando estão quase me beijando... 

— É, foda. Vamos mudar de assunto — entrei no elevador clicando no botão do estacionamento. — Suas malas já estão arrumadas? 

— Sim, estão no seu apartamento. E a gangue e as meninas vão cuidar de Lolinha, uma grande responsabilidade porque a galinha é quase igual uma criança. 

— Onde você está agora? — Perguntei com um sorriso pequeno. 

— Na rua, vim comprar uma coisa. 

Franzo o cenho. 

— Que coisa? 

— Uma coisa! 

— Que coisa?! 

— Desde quando você é tão curioso? 

— Acho que andar com você foi uma péssima influência — falei levantando uma sobrancelha, sua risada me faz sorrir automaticamente. 

— Eu vim comprar uma boia... — ela diz por fim. 

— Uma bóia? 

— Sim, vai que eu tenha que ir na praia, preciso de uma. 

— Susie, são 20:30 da noite e você foi comprar uma boia?! Que porra...vamos viajar daqui a pouco. 

— Eu sei, obrigada por avisar...oh! Essa é rosa e...50 dólares?! Meu Deus, vem um peixe aqui dentro? — escuto ela reclamar. 

Minha Bela Tentação -Livro 4 Da Série: Babacas De TernoOnde histórias criam vida. Descubra agora