Sorrisos

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Jungkook 

Sério, não sei porquê, mas sempre que transo fico triste depois. Não que eu tenha odiado, mas da um vazio no coração. Minha família sempre me preservou e nunca me explicaram o que era sexo, apenas diziam que não era bom. Era como se fosse algo proibido, um grande pecado, isso me deixava curioso. Aprendi sozinho cada detalhe, até enfim chegar na prática e eu acabei gostando pra caralho, porém fiquei me sentindo culpado. Tento não me importar mais com isso, mesmo assim tem aquele certo peso. Onde já se viu um alfa com receio de transar? Prazer, Jungkook, o cara que transa e depois fica com depressão porque não sei. 

Hoje foi diferente, acordei com Jimin ao meu lado e o clima estava bem estranho, só que antes de acontecer algo, uma ômega doida apareceu do nada e queria transar com todo mundo, mas eu fui o premiado. Se pudesse evitava, porém o cheiro de um ômega no cio, deixa qualquer um louco de tesão. Quis nem saber, fodi a ômega como ninguém, agora o resultado foi um caus. Cama bagunçada, fiquei suado e ainda com dor nos músculos, odeio quando o sexo acaba e tem a cama suja de porra. O ômega foi embora e sobrou tudo pra mim, tive que tomar banho, limpar a cama e passar um perfume no quarto para o Jimin não sentir o cheiro. 

E olhem só, estou aqui bebendo minha água bem gelada na garrafinha. Nada como uma bela hidratação, amo beber água. Estranho que o grandão não apareceu ainda, são onze da manhã, daqui a pouco é hora do almoço. Acho que Jimin ficou chateado porque o expulsei do quarto, vou ter que tentar evitar passar os cios aqui, eu não estou sozinho esse ano, tenho que ter respeito.

Antes de sair para procurar o ômega, o inspetor aparece no meu quarto, agarrando Jimin pelo braço com força. Sem dó, ele joga o loiro na cama, fiquei paralisado. O senhor Nakamura é estressado, se ele vinher reclamar já se prepare para chorar. 

— Essa é a última vez que te vejo aprontando, Park! Na próxima gracinha vou denunciá-lo ao diretor. — avisou e depois me encarou — E você, trate de cuidar do seu amigo, se não vai sobrar pra você também. 

— O que eu fiz? — falei revoltado 

— Nada ainda, mas seu colega sim. Onde já se viu andar bêbado pelo colégio de manhã cedo? Com certeza os dois ficaram bebendo. 

— Eu não bebo, se quiser pode vasculhar o quarto todo. Não tenho culpa de nada não senhor. — respondi vendo o homem fazer cara feia pra mim. 

— Não quero ouvir desculpas, já avisei! Se eu ver seu colega aprontar de novo, o diretor vai saber. Fique na linha, Park! — foi embora fechando a porta com força, eu fiquei incrédulo. O que diabos aconteceu? Me aproximei do ômega tentando saber o que aconteceu, mas eu senti um cheiro forte de cerveja vindo dele. Me afastei um pouco tampando o nariz, odeio cerveja. 

— Jimin, fala sério, você fica bêbado e ainda me faz levar bronca do Nakamura. Sabia que cerveja não é café da manhã? — falei fazendo careta. — Que nojo! 

— Para de falar merda! — respondeu baixinho, depois fungou. 

— Não estou falando merda, você ficou doido de beber na escola? Onde você enfiou a noção? 

— Alfa, para de falar coisa que não sabe. Eu não bebi porque eu quis. — sentou na cama, com os olhos marejados. 

— Ah, não me diga! — falei sarcástico — A cerveja veio voando e te forçou a beber.

— Uns caras me pegaram na biblioteca quando deixei o quarto para você foder com uma ômega. — Riu sem humor. — Me forçaram a tomar a porra da cerveja e acabei ficando bêbado. Aí eu penso, se eu não tivesse saido do quarto, nada disso teria acontecido. 

— Hey, agora quer pôr a culpa em mim? Não fui eu que chamei a ômega para transar, você sabe disso. E também você apanha todos os dias, cedo ou tarde alguém vai te machucar. — falei, fazendo ele ficar em silêncio. 

Anormal (Terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora