... Ou achava.
Nosso abençoado novamente foi surpreendido pelo uso de magia. Tecidos se juntavam e se coloriam no ar, enquanto um monte de detalhes, tintas, linhas de costura e uma dezena de coisas que ele não fazia ideia quais eram os nomes ou utilidades simplesmente apareciam e flutuavam para irem fazer as coisas. E o rapaz ia de um lado para o outro, levando tecidos e materiais mágicos de lá para cá, enquanto Meia-Noite e Elisabeth observavam tudo ao fundo.
Devo brevemente explicar que nosso feiticeiro e a nossa querida Atropa pareceram terem entrado num acordo silencioso. Sem nenhum vômito ou súbitos mal-estares, puderam permanecer no silêncio que tanto adoravam – pelo menos durante os primeiros cinco minutos. "Como que eles tem forças para fazer tudo isso?", Elisabeth indagara, sem esperar nenhuma resposta concreta.
"Angélica está acostumada com magia", Meia-Noite a respondeu. "Especialmente magia que muda roupas. Isso, e o fato dela estar usando de base as vestimentas que já usou. Os outros estarem contribuindo com magia também ajuda".
"Oh".
"... Angélica provavelmente iria querer algo mais formal e bem-programado", nosso feiticeiro acrescentou. "Mas não é como se os cavaleiros fossem esperar nós termos um desfile para poderem atacar".
"Eu já sabia desta última parte", Elisabeth o respondeu, com uma voz séria. "É fácil de notar, pelo jeito que ela falou das coisas. Só espero que nada fique apertado".
"Nada que ela faz fica apertado", Meia-Noite murmurou, com orgulho na voz.
Desejava profundamente poder conversar corretamente com a irmã, sobre tudo o que houve. Mal conseguia imaginar o que Angélica deveria estar sentindo naquele momento...!
Obrigada, Narrador – Edgar estava ocupado demais para ter notado isso! E, nossa, nossa, nossa.
Imagina um monte de roupa bonita, bem-adornada, bonitinha, e imagina todo mundo as usando, porque esse foi o resultado, e é coisa demais para serem narradas. Imagina, que coisa tediosa, três parágrafos só de descrição de roupa?! Tá repreendido!
... Mas, bem, tem um traje em específico que não dá pra não mencionar, já que Edgar não conseguia tirar os olhos: A roupa de Meia-Noite.
Pensa num glow-up bonito! Era como se fosse uma capa muito bem-adornada, feita literalmente de trevas, e que cobrisse o feiticeiro inteiro (detalhe que os detalhes são inspirados em flores e símbolos mágicos), de forma que sempre que Meia-Noite andasse, parecesse que a escuridão o seguisse. Mas não era uma capa: Era um casaco/sobretudo gigantesco, enfeitiçado para que parecesse uma capa. Nem dá para ver os braços! Exceto, é claro, quando Meia-Noite os move para longe do corpo. Pois aí que as mangas se revelam, apesar de ainda parecerem ser feitas literalmente de ~escuridão, trevas e outras coisas tenebrosas~.
Era uma coisa mágica, muito mais magnífica que as capas que o feiticeiro usava. "Eu queria ter te dado isso de aniversário, mas...", Angélica tinha comentado.
Edgar não conseguia disfarçar o olhar que estava dando para o namorado. Qualquer um que o olhasse iria se assustar um pouco – e o penteado que Opala fez ficou maravilhoso. Meia-Noite tinha ganhado um monte de adornos brancos nos cabelos e no cajado.
Nosso abençoado suspirou – estava sozinho com o feiticeiro, Valentyna, Elisabeth e Angélica, então não iria se controlar de JEITO NENHUM. Não era bobo. "Você tá lindo", disse, para o feiticeiro sentado na cadeira de rodas.
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(LGBTQIA+) O Conto do Feiticeiro Maligno
FantasyO feiticeiro "maligno" acaba de sequestrar uma princesa por acidente! Para piorar, ele se apaixonou à primeira vista pelo cavaleiro que veio salvar ela, e, ainda por cima, ele não consegue se comunicar com qualquer pessoa! Agora, cabe à Valentyna H...