66 - Esses poderes pequenos escondidos em todos nós

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É, o título não é clickbait, e é, eu chorei umas duas vezes escrevendo isso, e é, eu surtei bastante, e é, eu recomendo uma playlist bem bad vibes pra esse capítulo aqui, e é, é isso aí.

Bebam bastante água! OBVIAMENTE, se cuidem, e, OBVIAMENTE, não se esqueça que você é uma pessoa importante pra caramba. NUNCA se esqueça disso, tá bom? NUNCA NUNCA NUNCAAAA. Você tá se cuidando, por falar nisso? Espero que sim! Beba água. Eu sei que falei isso antes, mas BEBA ÁGUA.

Espero que gostem <3

Como narradora, é minha obrigação narrar tudo o que eu bem-entender como crucial para o bem-estar desta história

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Como narradora, é minha obrigação narrar tudo o que eu bem-entender como crucial para o bem-estar desta história.


E, como narrador, é de minha obrigação analisar e escolher o que seria o "essencial" para tamanha história.


Nós temos uma coisa chamada escolha. Nós podemos decidir o que ver e o que mostrar.


Entretanto, é com temor que noto que nem todos os indivíduos possuem pleno poder de escolher o quê ver.


Angélica era um desses casos.


Seus sonhos que ditavam o futuro eram um incômodo recorrente, entretanto, necessário. Acreditava que havia já passado da fase em que despertava no meio da noite com o corpo molhado de frio suor, apavorada pelo que conseguira observar. A mãe ensinara-lhe a não abalar-se pelos pesadelos; suas palavras, rígidas, ajudaram a moça haviam tempos a lidar com sua vidência.

Entretanto, era a terceira noite consecutiva que testemunhava coisas terríveis demais para apenas ignorar como quem ignora insetos. Os temores que surgiram quando adormecia! Quanta angústia que lhe despertavam!

A cena repetiu-se de formas minimamente diferentes e igualmente tenebrosas. Pobre Angélica, num instante, se vê em uma sala espaçosa, recheada até o teto por estantes tão carregadas de coisas que pareciam prestes a explodirem. A única decoração encontrava-se no centro do cômodo, na forma de uma mesa com uma única cadeira de escritório. Nela, um mero notebook, junto de um livro antigo e pesado.

A garota paralisara, na primeira vez ao ter a visão, ao observar a única fonte de iluminação do local: Uma espaçosa janela. É claro, jamais iria apavorar-se com uma visão tão simples. Não era nenhuma tola. Contudo, a figura que debruçava-se sobre a janela lhe assustara.

"Matías?!", perguntava-se, apenas para o rapaz encarar-lhe.

Não era ele – tinha os mesmos cabelos ruivos, tal como sardas, entretanto, suas feições físicas eram diferentes. Os fios vermelhos não eram bem-penteados e bem-cortados; sua face era cansada, e seu nariz, deveras mais pontudo, tal qual o queixo. O corpo era emagrecido, de aspecto mais fraco, malcuidado, exaurido, exausto, terrivelmente exausto!

(LGBTQIA+) O Conto do Feiticeiro MalignoOnde histórias criam vida. Descubra agora