50 - COMO EU FUI ADOTADA PELA FAMÍLIA REAL ; a thread

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Após duas semanas de descanso da escrita, eu retorno, mais doida do que nunca.

ENFIM, VOCÊS ESTÃO BEM??? Bebendo água? Por favor, bebam bastante água, e se tiverem a motivação/energia suficiente, vejam as notícias. Mas se não quiserem se estressar, não vejam, porque só nessas duas semanas tivemos aliens, governo brasileiro, adia ENEM, um fandom achando uma excelente ideia matar todo mundo de susto no Twitter levando "FURACÃO NO BRASIL" nos tópicos mais comentados e a temporada final de She-Ra.

Pois é, muita coisa acontecendo. Espero de <3 que estejam se cuidando, de verdade. Por favor, beba água, e saibam que você é importante, SIM, não importa o que pense.

Enfim, espero que gostem deste capítulo! Ficou meio grandinho, hihihi

Elisabeth nunca havia sido o tipo de garota suave, embebida em véus e adornada por pedras preciosas

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Elisabeth nunca havia sido o tipo de garota suave, embebida em véus e adornada por pedras preciosas. Não havia crescido num palácio ou castelo, tampouco presenteada com bonecas e enfeitada com maquiagem de alguma marca cara. Suas mãos eram uma das únicas mãos calejadas da família real, e sua expressão era suave apenas na superfície.

Ela era carvão que depois de ser pressionado por tanto tempo, virou diamante.

Indestrutível.

Belo e indestrutível.

Exatamente do jeito que a mãe a ensinara.

Pois ou era diamante, ou era carvão que seria queimado.

Todo mundo sabia da sua patética história. A gêmea que fora separada no nascimento e encontrada anos depois num orfanato. Abandonada e esquecida, dita como morta horas depois do nascimento. Quando fora descoberta pela mãe, um escândalo surgiu, para logo depois se amenizar, pois oh, pobre garota, nascida e criada na miséria. Pobre, pobre, pobre princesa. Venha, querida, não quer um pouco de chá?

Que o chá vá ao inferno. Elisabeth odiava, mas o tolerava para que a família que não a vira crescer se assemelhasse mais consigo mesma.

Pobre, pobre, POBRE Elisabeth, de saúde frágil.

Sortuda, sortuda, SORTUDA Elisabeth, que agora pode se cuidar por ter ganhado na loteria do destino.

Sempre havia sido fácil ignorar os olhares e comentários. Difícil era ser diamante.

Sentia o corpo tentar se desfragmentar em si mesmo, retornar ao estado de antes, enquanto apontava com o arco e flecha para um alvo ao longe. Os cabelos estavam presos em um coque alto e perfeito; os braços, na posição exata, e ela sabia muito bem para onde estava apontando.

Ignorava os olhares dos guardas que circulavam o salão fechado. Havia se acostumado; e, em paralelo, seu professor a observava com um olhar gélido, cruel para quem não soubesse da relação de ambos.

(LGBTQIA+) O Conto do Feiticeiro MalignoOnde histórias criam vida. Descubra agora