31 (e meio!) - Fugi dos parentes irritantes e olha no que deu!

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Finalmente, o Baile

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Finalmente, o Baile.

Depois da homenagem, às cinco da tarde e de todos os discursos longos e falsos, o maior evento finalmente iria começar. Conseguiu escutar os sussurros das primas aliviadas pelo fim de todas aquelas menções das Ruínas, enquanto que as tias e a mãe conversavam sobre como a decoração estava sendo.

Apesar da família real fazer droga nenhuma desse evento, a Rainha supervisionava os preparativos junto do Rei e a coisa toda e tal, então nenhum dos dois ficou maravilhado ou estupefato pela beleza, elegância e graça que estava o salão.

Apenas a realeza participava de todos os eventos. Quem tinha dinheiro e poder o suficiente aparecia única e exclusivamente no baile, e Tyna não podia deixar de pensar que todos deveriam prestar homenagem às Ruínas, mesmo que fosse algo bem falso para a maior parte das pessoas.

O local era gigantesco e circular, com parte do teto e das paredes feita de vidro. Haviam vários lustres chiquérrimos pendurados, e as mesas do banquete estava cheias de coisas que pareciam maravilhosas (e realmente eram, caso queira saber). O centro do salão era sempre reservado para a dita da valsa, enquanto que, num pequeno palco, uma pequena orquestra estava pronta para começar a tocar (tinha até um piano!).

... Eu não vou descrever o lugar inteiro, porque com certeza você sabe como que um salão de um baile é. Todo chique, luxo, luxo, luxo, mais descrições de riqueza e luxo, luxo, luxo... Eu, hein! Vou é deixar isso quieto, que meu único olho cansa de ficar falando "mais coisa chique, mais coisa de luxo", isso sim!

De qualquer forma, nem preciso dizer que tinha uma galera burguesa chiquetosa e tudo o mais já no salão – em resumo, a elite. Tyna não gostava deles, mas conversava animadamente quando precisava, porque nem morta iria fazer qualquer um deles odiá-la – não era burra. Um dia iria ser rainha, e não iria ser uma ranha que não consegue fazer nada porque ninguém queria ajuda-la.

"Tyna", chamou a mãe. A garota virou-se na sua direção. "Já sabe, correto?"

"Não se meter em confusão, não ser grossa, atender às danças quando me requisitarem, ser agradável...", falou, levemente aborrecida. "Mãe, eu já tenho tudo decorado desde os onze anos!"

"É bom me prevenir", disse a mais velha. "A primeira dança será nossa – vão, vão, vão! Não desejamos passar vergonha".

"Santa Luz, Helena", reclamou Bruna. "Eles sabem, para de paranoia – Júlia, Julienne, seus pares estão aqui?"

"Tô vendo ele daqui", disse Júlia, enquanto a irmã apenas concordava educadamente com a cabeça. "Vambora, então".

Valentyna encarou Edgar, que estava visivelmente nervoso com tudo aquilo. Tinha metido as mãos nos bolsos e olhava para o centro do salão, onde as tias já estavam de mãos dadas com os seus pares (Bruna, inclusive, aparentemente havia chamado um conhecido para a dança). Hesitantemente, entrelaçou o seu braço com o dele.

(LGBTQIA+) O Conto do Feiticeiro MalignoOnde histórias criam vida. Descubra agora