91.2 - uma pausa, porque daqui pra frente só pra trás

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Um deles acabava sendo Théo, que, desde o momento em que a amiga fora parar no hospital, mal dormia corretamente. Edgar teria brigado com ele, obviamente, mas estava sofrendo do mesmo problema. E Opala teria brigado com ambos caso tivesse forças o bastante para tal! Ah, a preocupação devorava, e com força.


Angélica gastou todo o tempo que tinha se ocupando. Elisabeth só não acampava de frente para o hospital porque tinha o título de princesa. Comandante foi junto de Gael e Edgar para ajudar nas investigações, sem muito sucesso.


Ully, Uyara e Sofia se encarregaram de se certificar que o resto do grupo não estivesse descontando tudo em trabalho, e se revezavam para irem visitar a garota no hospital. Não paravam de perguntar quando que Valentyna iria acordar.

Emanuel e Atalanta também não escaparam da preocupação. Valentyna sempre foi querida para os dois, e ver ela desacordada e com uma cara tão doente foi horroroso, mas saber que ela estava viva foi o bastante para fazer de Emanuel quem mais estava positivo de que a princesa iria acordar em breve. Atalanta duvidava do irmão, mas não disse nada.

... Bem, a notícia de que Tyna acordou saiu bem rápido, mas quem foi o segundo grupo a visitar ela foi, bem...


Começou com uma série de batidas na porta altas. Nossa princesa, que estava muito envolvida em um livro, tomou um susto. Deu um pulo na maca e ergueu a cabeça. "Sim...?", indagou, confusa, e espiritualmente caiu pra fora da maca quando a porta abriu e um homem entrou com tudo.

"Você enlouqueceu?!", Olhar da Perdição disse, quase gritando, assim que chegou perto o suficiente da garota para confirmar que ela estava bem o suficiente para escutar bronca, enquanto Monarca desesperadamente corria atrás do mesmo.

Tyna ficou boquiaberta, encarando o homem sem entender nada, enquanto ele inspecionava o seu estado, encarando os curativos e a mão como se fosse ele o médico da casa.

"Olha só pra você...", murmurou. "Quase morreu por causa de corrupção! Onde que tava com a cabeça, garota?!"

Monarca deu um tapa na mão do maior, desesperado. "P-para de gritar, vai assustar a menina! Não tá vendo a cara de jabuti assustado dela?!", e se virou pra princesa. "Ai, Tyna, a gente tava tão preocupado!"

Olhar da Perdição cruzou os braços, os olhos amarelos a um passo de ficarem brilhando de raiva, alívio e uma dose extra de raiva, e a garota se indignou. "Eu quase morro e é assim que você me recebe?", perguntou. "Já chega gritando, nem pra perguntar se eu tô bem, nem fala que tá feliz em me ver inteira, nem confere se eu te reconheço! Cruz-credo!"

Monarca deu um bufo, e foi aí que dois rostos de olhos arregalados surgiram na porta: Atelier e Nanique, obviamente em choque. E a mais alta dos dois revirou os olhos, entrando com as mãos na cintura e encarando Olhar da Perdição com uma cara de eu te disse.

Tyna... Não estava irritada de verdade, vamos ser sinceros, era só choque. E uma leve vontade de se soltar um pouco. "Oi, Nanique, oi, Atelier!", disse, num tom de voz mais alegre. "Sentiram a minha falta, é?"

"Nem vem", Atelier retrucou, confirmando as suspeitas de Tyna. "Nós–"

Nanique deu um cutucão no colega, o calando e trazendo a atenção da princesa para si. Em linguagem de sinais, disse: " queríamos ver como a nossa protegida estava", e abriu um sorriso no rosto. "Ou você achou que proteger a gente do Olhos de Fogo não te tornou amiga nossa?"

(LGBTQIA+) O Conto do Feiticeiro MalignoOnde histórias criam vida. Descubra agora